A Contraf-CUT organizou uma reunião entre a Rede Sindical Internacional do Itaú e o banco, nesta segunda-feira (8), em São Paulo. Os trabalhadores do Itaú na Colômbia, no Paraguai, no Uruguai e na Argentina entregaram uma carta com as reinvindicações sobre a posição política implantada pela empresa nos países.
Os bancários questionam sobre terceirização e demissão em massa, fechamento de agências, estabilidade de emprego, igualdade de benefícios trabalhistas para todos, cumprimento aos acordos coletivos e respeito à liberdade sindical.
Para Roberto Von der Osten, presidente da Contraf-CUT, a reunião de hoje abre uma expectativa positiva para a construção de um caminho até as resoluções dos problemas comuns aos trabalhadores da América do Sul. “Iniciamos a possibilidade de termos negociações não só da Contraf-CUT com o Banco Itaú, através da COE, mas também da UNI Américas, através da Rede Sindical Internacional, com as especificidades das relações trabalhistas de cada país. ”
Além da Contraf-CUT, participaram da reunião, na sede do banco, a presidenta mundial da UNI Finanças, Rita Berlofa, o diretor regional da UNI Finanças América, Guillermo Maffeo, a Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Empresas de Crédito Brasil (Contec), Asociación Colombiana de Empleados Bancarios Colombia (ACEB), Unión Nacional de Empleados Bancarios Colombia (UNEB), Federación de Trabajadores Bancarios e Afines Paraguai (FETRABAN), Sindicato La Bancaria, Asociación de Bancarios de Uruguay (AEBU). “O mais importante desta reunião foi a demonstração de unidade de todas as entidades para discutir com o banco os problemas que acontecem em todos os países que ele opera. Fizemos um exercício de negociação e unidade internacional dos trabalhadores. O que falta agora é também este grupo combinar ações sindicais com unidade, construir movimentos de pressão ao banco”, finaliza o presidente da Contraf-CUT.
Acordo Marco Global
Outro avanço da reunião foi a implementação de um grupo de trabalho para discutir a renovação do Acordo Marco Global. “Este acordo é um marco efetivamente para o movimento sindical, pois ele garante – em tese – o respeito aos direitos dos trabalhadores. Com a renovação, poderemos atualizá-lo de acordo com a nova conjuntura que, não só no Brasil, como em todo o continente, é de redução de direitos, de terceirização, de correspondentes bancários, de flexibilização e de novas tecnologias. Todas essas questões muito preocupantes poderão ser debatidas. ”