(São Paulo) A Contraf-CUT e a direção da Caixa Econômica Federal realizam nesta quarta-feira mais uma rodada das negociações permanentes a partir das 10h, na sede do banco em Brasília.
Segundo Plínio Pavão, secretário de Saúde da Contraf-CUT e coordenador da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE), as negociações desta quarta-feira vão discutir temas que fazem parte das reivindicações específicas dos trabalhadores há algum tempo, e já estava agendada desde a última reunião, para debater os problemas do Saúde Caixa e algumas das questões dos avaliadores de penhor, cuja dupla função (caixa e avaliador) tem gerado prejuízos aos trabalhadores e problemas ao atendimento.
“Vamos cobrar, principalmente, várias pendências do Saúde Caixa. Os maiores problemas estão relacionados ao sistema, que não funciona há mais de um ano e meio. A Caixa já garantiu que esses problemas seriam resolvidos com a contratação de uma nova prestadora de serviços, mas até agora eles persistem. Os empregados têm reclamado muito porque o Saúde Caixa foi uma conquista importante, fruto de muitas negociações, mas a falta de sistema pode comprometer seu funcionamento”, explicou Plínio.
A Contraf-CUT também vai cobrar maior respeito pelo Conselho de Usuários do Saúde Caixa, que não tem recebido a devida atenção por parte da empresa o que dificulta o cumprimento do que estabelece seu regimento. “O Conselho precisa funcionar efetivamente. Ele é outra conquista fundamental dos empregados, pois é a garantia de que vamos acompanhar a gestão. Mas falta estrutura, a Caixa precisa dar mais importância ao Conselho e vamos cobrar isso”, detalhou o dirigente.
Outros itens que a Contraf-CUT vai cobrar da Caixa nessa rodada de negociação é a solução definitiva para a demanda de segmentos dos empregados, a exemplo dos avaliadores de penhor. Para esses profissionais, os maiores problemas estão na área de saúde e função (dupla atribuição). E também do pessoal das Gises e Giris.
“Nós já discutimos isto na última rodada de negociações e reafirmamos que os avaliadores não podem continuar exercendo a função de caixas, mas tão somente as atividades pertinentes ao penhor. O sistema aplicado neste setor também foi criticado, tendo em vista a existência de unidades que não conseguem fazer leilões há algum tempo. Agora vamos cobrar um posicionamento da Caixa”, contou Plínio Pavão.
Campanha Nacional
Conforme definição da Conferência Nacional, os bancários da Caixa integram a Campanha Nacional Unificada com os demais trabalhadores dos bancos privados e públicos. Mas, se as questões gerais serão negociadas com a Fenaban, os empregados da Caixa continuarão com a mesa permanente para debater as reivindicações específicas.
“A Contraf-CUT vai entregar a minuta para a Fenaban na quinta-feira, dia 10. Neste mesmo dia, vamos entregar as nossas cláusulas específicas para Caixa que foram definidas durante o Encontro do Banco realizado dentro da programação da Conferência Nacional. Também na quinta, vamos reivindicar que a Caixa integre a mesa de negociações da Fenaban. Nosso objetivo é que o banco, além de aplicar a Convenção Coletiva da Categoria, o que já vem ocorrendo desde 2004, seja também signatária do instrumento”, finalizou Plínio.
Fonte: Contraf-CUT