(São Paulo) A Contraf-CUT e a Caixa Econômica Federal reúnem-se nesta quinta-feira, dia 5, para negociar a cobrança das participações atrasadas do Saúde Caixa. Conforme compromisso assumido pelo banco na última negociação, em 1º de junho, a empresa deve apresentar sua proposta para o pagamento das participações ocorridas entre março de 2005 e abril deste ano, período em que o sistema não funcionou.
“Os empregados da Caixa esperam que a direção apresente uma proposta dentro dos parâmetros estabelecidos por nós. Não vamos admitir nenhum tipo de correção dos valores, até porque o problema foi causado pelo sistema do banco e não por responsabilidade dos bancários. Também vamos exigir que a cobrança respeite a margem consignável de no máximo 10% dos vencimentos, conforme previsto nas regras do Saúde Caixa. Caso nossas reivindicações não sejam atendidas, a Contraf-CUT não vai aceitar nenhum acordo”, afirma Plínio Pavão, diretor da Contraf e coordenador da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa.
O dirigente destaca a preocupação da Contraf-CUT para que a cobrança não comprometa a condição financeira dos empregados. “Queremos também que a Caixa informe individualmente o montante que cada um deve, para que os usuários possam melhor programar o pagamento”, diz Plínio.
Segundo a empresa informou na última negociação, há 89 mil usuários titulares que utilizaram o Saúde Caixa no período em que o sistema ficou suspenso. O total de beneficiários restritos com utilização do plano é de 5.179 titulares, enquanto o grupo com participação integral (utilização de procedimentos não cobertos, como duas consultas na mesma especialidade no mesmo mês) chega a 12.470. O valor máximo devido somente com co-participação, isto é, que não inclua beneficiários restritos e participação integral, é de R$ 3.743,00, considerando os tetos anuais: 2005 (R$ 763,00), 2006 (R$ 1.200,00) e 2007 (R$ 1.780,00). Cada titular deve em média de co-participação R$ 757,00.
Fonte: Contraf-CUT