Contraf-CUT mostra experiência do Brasil no Fórum de Comunicadores da UNI

Evento ocorre na sede da UNI, em Nyon, na Suiça

A comunicação dos bancários do Brasil foi destaque nesta quinta-feira (21) no segundo dia do Fórum de Comunicadores da UNI Sindicato Global, que acontece em Nyon, na Suiça, com a participação de 60 profissionais de imprensa de entidades sindicais filiadas de 25 países de todos os continentes. A Contraf-CUT e o Sindicato dos Bancários de São Paulo fizeram uma apresentação conjunta, focando a organização nacional da categoria e a força da comunicação desde os veículos tradicionais até as mídias sociais. O evento, todo falado em inglês, foi aberto no dia anterior e será encerrado nesta sexta-feira (22).

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“Mostramos a estrutura do movimento sindical brasileiro e a concentração do sistema financeiro e ressaltamos a importância das campanhas nacionais e a atuação da Contraf-CUT, que representa mais de 400 mil bancários de todo país, o que tem sido fundamental para a construção da unidade e a conquista da convenção coletiva de trabalho, válida para trabalhadores de bancos públicos e privados “, salienta Ademir Wiederkehr, secretário de imprensa da Contraf-CUT e também jornalista, que participa do encontro.

Ele apontou os principais instrumentos de comunicação da Contraf-CUT, especialmente o site www.contrafcut.org.br, as revistas, os jornais específicos, os cadernos e os materiais internacionais, distribuindo aos participantes uma edição das duas últimas revistas dos bancários de 2011, que apresentam a organização da campanha nacional e os resultados conquistados com a mobilização da categoria.

“No ano passado, o site da Contraf-CUT teve 1,3 milhão de visitas, média de 3,5 mil visitantes por dia e 75 mil acessos num único dia durante a greve nacional”, destaca o dirigente, explicando que o site ainda divulga vídeos e tem acesso à Rede Brasil Atual.

Ademir expôs a mídia das últimas campanhas nacionais e enfatizou o processo democrático e participativo de construção, envolvendo comunicadores e dirigentes sindicais do Comando Nacional, sindicatos e federações. Ele mostrou também o crescimento das mídias sociais, apontando a utilização do twitter. “Vários diretores da Contraf-CUT, assim como muitos dirigentes sindicais, também estão usando o facebook na comunicação com os bancários neste mundo conectado em que vivemos e que precisamos transformar”, observa o comunicador.

O diretor da Contraf-CUT destacou ainda experiências de alguns sindicatos, que investem com força na comunicação, usando ainda webtv, rádio online, newsletters, torpedos, outdoors e youtube, dentre outros, na relação com os bancários e a sociedade. “Com todos esses veículos, muitos ao alcance das entidades sem maiores custos, precisamos atuar cada vez mais na comunicação, potencializando as lutas dos trabalhadores e disputando a hegemonia na sociedade”, avalia.

São Paulo

A jornalista Elisângela Cordeiro apresentou a experiência de comunicação do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, destacando as principais mídias da entidade como a Folha Bancária, veículo com mais de 80 anos de história; o site www.sbancarios.com.br, recém-reformulado para dar ainda mais agilidade aos acessos a conteúdos produzidos pela equipe de comunicação do sindicato entre notícias e serviços, além de galerias de vídeos e fotos.

Ela também destacou a Folha Bancária em braile; as mídias de campanha , sempre focadas no envolvimento dos bancários; TVB, principalmente no que se refere às experiências com os programas ao vivo; e por último às mídias sociais com destaque ao twiiter da entidade com 5,7 mil seguidores e ao Facebook da presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira.

Avaliação

A coordenadora de comunicação da UNI, Rachel Cohen, que presidiu a mesa dos trabalhos, elogiou publicamente a apresentação dos brasileiros, acentuando a importância da comunicação para o sucesso das campanhas nacionais dos bancários. Vários participantes também cumprimentaram Ademir e Elisângela pela exposição e ficaram admirados com a organização nacional e a luta dos trabalhadores no Brasil.

“Foi a minha primeira apresentação em inglês e acredito que foi possível mostrar um pouco do que fazemos diariamente no Brasil na comunicação, que é cada vez mais importante e necessária para fortalecer a atuação das entidades sindicais e dos movimentos sociais, para que possamos seguir avançando e conquistando”, avalia o diretor da Contraf-CUT.

Comunicação global

Ao longo do Fórum, várias experiências de comunicação foram apresentadas, com ênfase para campanhas de marketing e uso de mídias sociais em vários países, como Estados Unidos, Índia, Reino Unido, Alemanha, Espanha, Egito, Malásia, Singapura, Suécia, Congo, Uruguai, Austrália, Dinamarca, Argentina, Itália e Bélgica, entre outros.

O objetivo foi partilhar conhecimentos, melhores práticas e ideias para construir e fortalecer a comunicação do movimento sindical global. Uma das propostas destacadas foi o compartilhamentos de histórias, como forma de espalhar a mensagem de união, coragem e luta dos trabalhadores.

Houve também relatos e imagens do movimento Ocupe Wall Street, nos Estados Unidos, que lançou pelo mundo a campanha “We are the 99%” com o chamado “Including you”, reforçando a luta contra a exclusão e a favor da inclusão social, da distribuição de renda e da qualidade de vida para todos.

O secretário-geral da UNI, Philip Jennings, também fez uma saudação aos comunicadores, lembrando o slogan “Rompendo Barreiras” do último congresso da entidade. Ele disse também que é tempo do G20 mudar o rumo, deixando a austeridade e apostando no crescimento para enfrentar a crise. “O G20 não deve iludir-se que os gregos endossaram os planos de austeridade atuais”, aponta.

Setor financeiro

Na terça-feira (19), véspera do Fórum, a UNI Sindicato Global promoveu a primeira reunião de comunicadores do setor financeiro. Além do Brasil, participaram representantes da Espanha, Uruguai e Suécia. O evento foi coordenado por Lisa Nathan.

“Foi aberto mais um canal para partilhar experiências de comunicação e discutir o sistema financeiro internacional, onde ações globais são essenciais para defender os empregos e os direitos dos trabalhadores”, conclui Ademir.

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