A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) divulgou nota, nesta sexta-feira 22, manifestando preocupação com o anúncio feito pelo HSBC de que analisa a venda de seus ativos financeiros no Brasil.
A Contraf-CUT informou que entrará em contato com a direção da instituição para obter informações sobre o caso. O presidente da Contraf-CUT, Roberto von der Osten, lembra que processos anteriores de compra e venda de instituições não deram atenção aos interesses dos trabalhadores. “Há impacto na economia e no emprego. São 20 mil famílias que podem ser prejudicadas”, observou o presidente da Contraf-CUT.
A Comissão de Organização dos Empregados do HSBC já se reuniu com o Banco Central e com o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) para discutir o assunto. No Cade, foi protocolada uma denúncia de concentração de atividade econômica. Seis bancos concentram hoje no Brasil 90% dos trabalhadores do setor.
Representantes dos funcionários do HSBC decidiram encaminhar à presidenta Dilma Roussef uma carta manifestando a preocupação com a venda do HSBC. Outra carta, em nome dos empregados, foi entregue ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante sua participação no Seminário Nacional de Estratégia do Ramo Financeiro, organizado pela Contraf-CUT, na quarta-feira 20.
A Comissão de Empregados do HSBC também buscou apoio, no início do mês, de diversos parlamentares, entre eles os senadores Roberto Requião (PMDB-PR), Lindbergh Farias (PT-RJ) e Gleisi Hoffmann (PT-PR), e os deputados Erika Kokay (PT-DF), Enio Verri (PT-PR) e Ivan Valente (PSOL-SP).