A Contraf-CUT lançou durante a reunião do Sistema Diretivo da Fetrafi-RS, realizada na última sexta-feira (29), em Porto Alegre, o Caderno de Igualdade de Oportunidades no Rio Grande do Sul. O lançamento contou com a participação da secretária de Políticas Sociais da Confederação, Deise Recoaro.
O caderno é voltado prioritariamente para dirigentes sindicais. Segundo Deise, este é o segundo caderno temático produzido pela Contraf/CUT (o primeiro foi o de saúde) e ainda estão previstas outras edições sobre Emprego e Ramo Financeiro.
Lançada em 2011, a publicação traz dados, diagnósticos e diretrizes de atuação para o movimento sindical bancário no combate às discriminações e promoção da igualdade de gênero, raça, orientação sexual e pessoas com deficiência. “A ideia da Contraf, a partir de um planejamento da direção, é engajar os dirigentes para que se apropriem com profundidade de determinados temas, gerando subsídios para uma militância mais intensa. Temos uma preocupação com a formação dos novos dirigentes e queremos que eles se apropriem das nossas principais lutas”, observa a sindicalista.
Deise reafirma que o objetivo do caderno não é a distribuição para bancários de base, mas sim a formação dos dirigentes sindicais. “A categoria bancária foi protagonista no Brasil e na América, ao pautar o tema da igualdade de oportunidades durante as campanhas salariais. É uma grande responsabilidade dar continuidade a esta luta e fazer com que sejam atingidos resultados concretos”, observa.
A dirigente sindical diz que a produção visa gerar um ambiente de trabalho mais democrático e inclusivo. De acordo com a sindicalista, hoje os negros, as mulheres negras principalmente e as pessoas com deficiência, não são contratadas pelos bancos na mesma proporção da sua participação na população economicamente ativa.
“Temos que continuar a ter ousadia para pautar o tema nas nossas entidades e fóruns de discussão. Outro grande desafio é olhar para dentro da nossa estrutura sindical. Precisamos aumentar o número de mulheres nas direções dos sindicatos. Se nós somos metade da categoria, também devemos estar representadas na mesma proporção dentro das entidades”, afirma Deise.