Carta foi entregue durante retomada das negociações com o Itaú
A Contraf-CUT entregou nesta sexta-feira (10) ao Itaú uma carta dirigida ao presidente Roberto Setúbal contra a retirada de portas giratórias nas agências e postos de atendimento. No documento, protocolado durante a retomada das negociações permanentes, os bancários cobram do banco a “proteção da vida de trabalhadores e clientes”.
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“Vimos manifestar nossa inconformidade e preocupação diante da retirada de portas giratórias com detectores de metais em cidades onde não existem leis municipais que obriguem a instalação desse equipamento de segurança”, diz a carta. Os bancários lembram que as portas giratórias reduziram o número de assaltos a bancos desde sua introdução, no final dos anos 1990. Apontam ainda estatísticas dos órgãos policiais e da própria Fenaban, segundo a qual ocorreram 1.903 assaltos em 2000 no país e 337 em 2010.
Os bancários refutam o argumento apresentado pelo banco, de que a retirada é motivada por ações judiciais movidas por clientes que se sentiram constrangidos ao tentarem entrar em agências. “Concordar com essa visão equivocada seria o mesmo que acabar com a vistoria dos passageiros nos aeroportos, onde também ocorrem eventuais constrangimentos”, diz o documento.
“A solução não é a retirada das portas giratórias, mas sim aperfeirçoar o seu funcionamento, com revisão técnica permanente, orientação aos clientes e garantia de condições adequadas de trabalho para os vigilantes”, completa o documento. Os bancários cobram a instalação do equipamento em todas as agências e postos de atendimento no país.
A carta lembra que o banco lucrou R$ 14,620 bilhões em 2011 e aplicou, segundo levantamento do Dieese, somente R$ 482 milhões em despesas de segurança e vigilância, o que representa apenas 3,30% do lucro.
A Contraf-CUT também protestou contra a “prática desumana do banco de demitir funcionários que foram sequestrados e sofreram coações de assaltantes para fazer saques, a fim de salvar a vida de familiares que viraram reféns.”
Os bancários propõem que a abertura e fechamento das unidades passesm a ser realizadas por emrpesas especializadas em segurança para prevenir sequestros, “evitando o procedimento arcarico da guarda das chaves por gerentes e tesoureiros.”