Contraf-CUT e Itaú assinam acordo de PCR e auxílio-educação nesta 6ª

(São Paulo) A Contraf-CUT e o banco Itaú assinam nesta sexta-feira, dia 14, o acordo coletivo que regulamenta o auxílio-educação e a PCR (Participação Complementar nos Resultados), duas recentes conquistas dos funcionários. O acordo será assinado na nova sede da Confederação, em São Paulo.

“O auxílio-educação e a PCR atendem a antigas reivindicações dos bancários do Itaú e representam uma grande conquista para os trabalhadores. Oxalá todos os bancos pudessem vir a partir de agora na nova sede da Contraf para assinar acordos como este”, comenta Carlos Cordeiro, secretário-geral da Contraf-CUT e funcionário do Itaú.

O auxílio-educação vem sendo discutido com o banco desde o início do ano. Pela proposta final, serão distribuídas 1.400 bolsas-educação e elas custearão 50% da mensalidade, com teto de R$ 320. “Nossa preocupação era garantir o acesso à faculdade ao maior número possível de trabalhadores não comissionados, sem critérios subjetivos. São aproximadamente 7 mil funcionários que poderão se inscrever neste momento. A nossa luta daqui para a frente será pela ampliação desse benefício”, destaca Cordeiro.

As bolsas-educação serão distribuídas proporcionalmente pelas regiões do país e valem desde agosto, e são retroativas ao início do semestre. Para se candidatar às bolsas-educação é preciso ser funcionário não comissionado, com no mínimo 12 meses de Itaú e cursar a primeira graduação. Serão priorizados os menores salários e aqueles com mais tempo de casa.

“Isso representa um grande avanço, visto que, até então, o banco concedia uma verba para educação de forma unilateral para apenas uma parcela dos trabalhadores”, avalia Wanderley Crivelari, coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú, da Contraf-CUT. “Cada vez mais a qualificação é exigida pelo banco e o Itaú pode e deve contribuir com o acesso de seus funcionários às universidades”, sustenta.

Todos os critérios e a operacionalização para se candidatar ao auxílio-educação serão divulgados nos próximos dias.

PCR
A Participação Complementar nos Resultados também foi negociada desde o início do ano. Depois de muita discussão, o banco aceitou pagar a PCR dentro dos princípios que a Contraf-CUT sempre defendeu: é linear (paga para todos os funcionários com o mesmo valor), sem metas individuais e não é compensável de nenhum programa de remuneração próprio da empresa e nem da PLR prevista na Convenção Coletiva da categoria. O banco também atendeu a outra reivindicação da Contraf e os bancários já receberam em agosto uma parte da PCR, equivalente a R$ 500.

A proposta de PCR para 2007 apresenta três indicadores: lucro líquido, ROE e índice de eficiência. Em relação à proposta do ano passado, foram suprimidos os indicadores Posição do banco no ranking do Bacen e Índice do Bacen de reclamações. O valor a ser pago neste ano pode chegar a R$ 1500, com a garantia de um pagamento mínimo no valor de 730 reais. A previsão é que a segunda parte ocorra junto com a segunda parcela da PLR, ou seja, no início de 2008.

Fonte: Contraf-CUT

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