A Contraf-CUT e o Dieese divulgam nesta segunda-feira, dia 12, mais uma rodada da Pesquisa do Emprego Bancário (PEB). Serão apresentados os números referentes ao primeiro trimestre de 2010.
Essa é a quinta edição do levantamento, que está sendo elaborado trimestralmente com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
“A pesquisa busca fazer um acompanhamento sistemático sobre a evolução do emprego e acerca dos principais indicadores do mercado de trabalho na categoria, como subsídio para a ação sindical da Contraf-CUT, das federações e dos sindicatos”, explica Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.
No último trimestre de 2009, o saldo de empregos foi positivo, com 1.455 novos postos de trabalho. Ocorreram 8.686 admissões e 7.231 desligamentos no período. No entanto, essa recuperação não foi suficiente para reverter o quadro negativo que se acumulou desde o início do ano.
Ao longo de 2009, mesmo com lucros acima de R$ 37,4 bilhões, os bancos desligaram 30.034 funcionários e admitiram 29.413, o que significou uma redução de 621 postos de trabalho. Como ocorreram várias contratações nos bancos públicos, sobretudo no Banco do Brasil e na Caixa Econômica Federal, foi possível apurar que essa perda de empregos foi mais uma vez localizada nos bancos privados.
“Esse corte brutal mostrou que o sistema financeiro privado, que não foi impactado pela crise mundial, anda na contramão da economia brasileira, que criou 995.110 novos empregos formais em 2009”, ressalta Carlos Cordeiro. O estudo revelou também que essas instituições estão usando a rotatividade para baixar a média salarial dos trabalhadores e que mantêm a discriminação em relação às mulheres, que estão sendo contratadas com salários inferiores aos dos homens.
