Contraf-CUT e CWA lançam publicação bilíngue aos bancários do BB nos EUA

Revista em português e inglês para criar um sindicato de bancários

O Sindicato dos Trabalhadores em Comunicações da América (CWA), que representa mais de 700 mil trabalhadores de vários segmentos de serviços dos Estados Unidos, Canadá e Porto Rico, fez na última sexta-feira 22 a distribuição da primeira publicação bilíngue conjunta com a Contraf-CUT e com a UNI-Sindicato Global voltada para os funcionários do Banco do Brasil nos EUA. A iniciativa faz parte de uma campanha que visa dar início ao processo de sindicalização dos bancários norte-americanos, categoria que não possui sindicatos naquele país.

Clique aqui para ler a publicação bilíngue, em pdf.

A revista de oito páginas, editada pela Contraf-CUT em parceria com a CWA e com o Sindicato dos Bancários de São Paulo Osasco e região, tem o nome bilíngue O Espelho/The Mirror. No dia 22 foi entregue aos funcionários das agências do BB em Nova York e Miami. Os dirigentes sindicais norte-americanos informaram que os bancários foram bastante receptivos, demonstrando interesse em continuar o diálogo com a CWA, e que a atividade, portanto, foi um êxito.

“Essa notícia é encorajadora. A UNI está muito feliz com esses primeiros passos. Esperamos que possamos transformar essa bela iniciativa em algo realmente concreto. Parabéns aos que estão conduzindo esse processo”, elogiou Philip Jennings, secretário-geral da UNI, que representa mais de 20 milhões de trabalhadores dos setores de serviços em todo o mundo, à qual a Contraf-CUT é filiada.

“Isso é fantástico e vamos dar continuidade a essas ações. Quero agradecer pelo grande trabalho”, disse o presidente da CWA, Larry Cohen, em mensagem dirigida aos dirigentes que participaram das atividades em Nova York e Miami.

Para o presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro, que também preside a UNI Américas Finanças, “essa parceria é uma iniciativa inédita, que dá consequência prática ao acordo marco global que assinamos com o Banco do Brasil, ajuda os companheiros bancários americanos a se organizarem em sindicatos e mostra a importância da solidariedade internacional dos trabalhadores”.

“Todo trabalhador tem direito a estar vinculado a uma entidade de classe, direito que nos Estados Unidos nem sempre é respeitado”, acrescenta Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo. “Estamos repassando aos bancários norte-americanos a nossa experiência e falando da importância da unidade nacional e da nossa convenção coletiva para as conquistas da categoria.”

‘Juntos somos mais fortes’

Com o título “Juntos somos mais fortes – CWA lança campanha pela sindicalização dos bancários nos Estados Unidos”, a publicação traz um conjunto de matérias destacando a importância dos sindicatos e a necessidade de os trabalhadores se organizarem em suas entidades de classe para fortalecer a luta por seus direitos.

Uma das matérias apresenta a CWA aos bancários norte-americanos do BB. Outra informa sobre o Acordo Marco assinado pela UNI Américas Finanças com o Banco do Brasil, em maio de 2011, que garante aos bancários do BB que trabalham em qualquer país do continente americano e do Caribe os direitos fundamentais previstos nas declarações da Organização Internacional do Trabalho (OIT), entre eles o de sindicalização e de livre organização sindical.

Uma terceira reportagem explica a história de organização e de negociação dos bancários no Brasil. “Com muitas mobilizações e busca permanente da unidade nacional, os bancários brasileiros têm há exatos 20 anos uma Convenção Coletiva de Trabalho nacional, que garante aos trabalhadores de todos os bancos que operam no país, em todas as regiões, os mesmos salários, a mesma jornada de trabalho e os mesmos direitos econômicos e sociais – muitos dos quais vêm se ampliando através do tempo”, afirma William Mendes, secretário de formação da Contraf-CUT e coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil.

Para Mário Raia, secretário de Relações Internacionais da Contraf-CUT, a edição do Espelho bilíngue é mais um passo em um processo de aproximação com o movimento sindical norte-americano, que vem de longe. “E é uma parceria que ainda vai se estreitar mais e render ainda mais frutos”, aposta.

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