A Contraf-CUT e a Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV) levam nesta quinta-feira (30) ao Ministério da Justiça, em Brasília, os números da nova Pesquisa Nacional de Mortes em Assaltos envolvendo Bancos. O levantamento, elaborado pelas duas entidades, com base em notícias da imprensa e apoio técnico do Dieese, foi lançado nesta quarta (29) e será apresentado para a secretária nacional de Segurança Pública (Senasp) do Ministério da Justiça, Regina Miki. A audiência será realizada às 14h30.
A pesquisa apontou 65 assassinatos em 2013, atingindo clientes, vigilantes, policiais, bancários, transeuntes e vítimas de balas perdidas em tiroteios.
As principais ocorrências (49%) foram o crime de “saidinha de banco”, que provocou 32 mortes, o assalto a correspondentes bancários (22%), que matou 14 pessoas, e o assalto a agências (12%), que tirou a vida de 8 pessoas. Houve também mortes em assaltos a caixas eletrônicos (6), abastecimento de caixas eletrônicos (3) e assaltos a postos de atendimento (2).
“Queremos chamar a atenção do Ministério da Justiça para essas mortes e discutir o problema da insegurança no atendimento bancário, diante do enorme descaso dos bancos que tratam a segurança como custo que pode ser reduzido para aumentar ainda mais os seus lucros bilionários”, afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.
“Além das mortes, essa violência ainda deixa inúmeros feridos e traumatizados pelo Brasil afora, acabando com os sonhos e as esperanças de muita gente”, alerta José Boaventura, presidente da CNTV.
“Vamos discutir medidas urgentes para mudar essa realidade, pois a vida das pessoas tem que ser colocada em primeiro lugar”, ressalta Cordeiro.