Em resposta ao ofício enviado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) em 25 de fevereiro, a Caixa Econômica Federal marcou para a próxima terça-feira (16), às 10h, uma reunião da mesa permanente de negociação para discutir as medidas anunciadas para a utilização dos sistemas do banco em acesso remoto e fatores de autenticação próprios. A Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa também irá cobrar o fortalecimento dos protocolos de saúde contra a Covid-19, para proteger os empregados e a população.
Em um comunicado interno, o banco elencou as medidas necessárias à conexão remota em “Virtual Private Network – VPN” da Caixa e as ações necessárias à segurança dos acessos para realização do trabalho através do “Múltiplo Fator de Autenticação – MFA”. Segundo a coordenadora da CEE/Caixa e secretária da Cultura da Contraf-CUT, Fabiana Uehara Proscholdt, a Caixa desconsiderou a ocorrência de dispêndios gerados aos empregados, particularmente, com custeio de conexão própria à internet, utilização de aparelho celular ou smartphones próprios e outros custos intrínsecos.
“Manifestamos nossa inconformidade com medidas que repassam os custos do trabalho remoto para empregados e exigiremos na negociação a retificação da medida. É pleito nosso que a Caixa custeie eventuais gastos que os trabalhadores tenham para o desenvolvimento de suas atividades no teletrabalho”, afirmou Fabiana.
A reunião da mesa permanente de negociação será realizada por videoconferência. A proposta da Caixa é tratar de assuntos relacionados ao trabalho remoto, banco de horas e demais decorrências, mas a coordenadora da CEE/Caixa adiantou que solicitou a inclusão de outras questões relacionadas ao trabalho durante a pandemia.
“Defendemos que os bancários sejam incluídos nos grupos prioritários de vacinação; queremos debater formas de melhorias nos sistemas, para evitar problemas de lentidão e dificuldades de acesso como os ocorridos nos últimos dias e que os empregados não sejam responsabilizados por problemas decorrentes de falhas tecnológicas; além do aprimoramento dos protocolos de prevenção, debater o aumento do número de pessoas em projeto remoto e retorno do rodízio, diante do aumento no número de casos”, salientou a coordenadora.
Confira a pauta da CEE para a reunião:
- Aprimoramento dos Protocolos de Prevenção ao Covid (implementação de anteparo de acrílico em todas as mesas de atendimento;
- limitação da quantidade de clientes por vez nas agências; retorno de vigilante e recepcionistas para triagem de filas; revisão da lista de “serviços essenciais”;
- testagem para todos os empregados da unidade onde houver caso suspeito/confirmado;
- Aumento do número de pessoas em Projeto Remoto e retorno do rodízio (o decreto de Brasília prevê isso, por exemplo);
- Não exposição de “Nome e Sobrenome” de funcionário em SMS de avaliação de atendimento;
- Revogação da determinação de 20/01, que previa a ampliação do número de pessoas trabalhando presencialmente nas unidades, inclusive áreas meio;
- CR444 (PQV);
- Objetivos Smart – VIRED;
- Exclusão de metas de produtos durante a Pandemia;
- Uso de celular/equipamento pessoal;
- Revisão/Suspensão de destituições de função e rebaixamentos durante a pandemia;
- Mobilidade dos empregados antes das novas contratações;
- Prorrogação do prazo para fruição dos dez dias de compensação dos GGRs;
- Ampliação do prazo para certificações e manutenção das funções;
- Lives durante horário de atendimento;
- PSIs (transparência);
- Inclusão dos bancários nos grupos prioritários da vacinação;
- Melhorias nos sistemas, para evitar problemas de lentidão e dificuldades de acesso, como os ocorridos nos últimos dias;
- Não responsabilização dos empregados em problemas decorrentes das falhas tecnológicas;
- Reestruturação nas áreas meio;
- Inibir que empregados atuem fora da agência (após a porta giratória).