A Contraf-CUT e a Caixa Econômica Federal voltaram a se reunir nesta sexta-feira, 29, para continuar o debate a respeito do Plano de Cargos e Salários para os empregados da carreira profissional (arquitetos, advogados, engenheiros e demais profissionais), em greve desde o dia 28 de abril.
Os representantes dos trabalhadores insistiram na necessidade de que a proposta do banco permita a migração de todos os empregados e tenha incentivos no reenquadramento que ajudem a solucionar problemas criados em alterações anteriores ocorridas no PCS dos profissionais. Além disso, os trabalhadores cobraram o não desconto dos dias parados na greve.
“Estamos insistindo na busca de uma solução negociada, evitando que a decisão seja tomada pela Justiça”, afirma Jair Ferreira, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa)da Contraf-CUT. O banco ajuizou dissídio de greve no Tibunal Superior do Trabalho (TST). Nova audiência entre as partes será realizada pelo TST no próximo dia 5 de junho.
Greve continua em todo o país
Os profissionais reivindicam da Caixa a imediata correção na tabela do Plano de Cargos e Salários (PCS). Até agora, a proposta apresentada pela empresa contém alguns pontos negativos, notadamente no que se refere à migração. Só poderão ser enquadrados na nova tabela os empregados que saldaram o REG/Replan. Quem não saldou não terá nem a opção de fazê-lo.
Outro problema é a insistência da Caixa em vincular a migração à desistência de ações judiciais propostas pelos empregados, com renúncia expressa dos direitos sobre os quais se fundamentam a ação e os direitos colidentes. Nesse caso, o entendimento é de que a proposta da empresa possui uma redação dúbia, pois detalha alguns objetos das ações que devem ser desistidas e termina a lista com a expressão “dentre outras”, deixando margem para muitas dúvidas.