A Contraf-CUT e demais entidades sindicais bancárias retomam nesta quarta-feira, 2, em Brasília, o processo de negociação permanente com a Caixa Econômica Federal. A reunião terá como foco principal o debate do novo Plano de Cargos Comissionados (PCC). A Caixa se comprometeu a apresentar aos trabalhadores a íntegra de sua proposta para o tema.
Na reunião anterior, ocorrida em 25 de novembro, a empresa frustrou as expectativas dos empregados e não trouxe a proposta completa para o novo PCC, limitando-se a apresentar alguns novos itens da sua proposta de Plano de Funções Gratificadas (PFG), que vão contra as reivindicações dos trabalhadores e representam retrocessos.
Entre os retrocessos, está a definição de jornada de oito horas para algumas funções e de jornada de seis horas para outras, sendo que estas últimas teriam salário proporcional, acarretando em redução dos rendimentos dos trabalhadores.
Além disso, o banco afirmou que considera que algumas funções sem controle de ponto, como a de Gerente Geral, seriam “Sem jornada definida”, ou seja, sem direito a hora-extra. Por fim, o banco afirmou que pretende manter a discriminação contra os empregados que não saldaram o Reg/Replan, impedindo sua migração para o novo plano. Para isso, o banco pretende viabilizar junto à Funcef a reabertura do saldamento do plano.
“Deixamos claro para o banco que não podemos aceitar redução salarial, eliminação de horas-extras nem a discriminação contra os empregados com Reg/Replan não saldado. Se o banco mantiver estes pontos, orientaremos para a rejeição da proposta em assembleias”, afirma Jair Ferreira, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa). Os trabalhadores reivindicam jornada de seis horas para todos os bancários sem redução salarial.
Os trabalhadores levarão para a mesa de negociação uma propsota construída por um grupo de trabalho e aprovada em plenária específica, realizada no dia 16 de junho, conforme determinação do 25º Conecef (veja aqui a proposta completa dos empregados).
“A julgar pela última reunião, o debate com a Caixa será duro. Precisaremos de muita mobilização e luta para conseguirmos garantir um PCC justo, que contemple as propostas construídas pelos empregados”, afirma Plínio Pavão, diretor da Contraf-CUT e empregado da Caixa.