A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) se reuniu nesta segunda-feira (28), em sua sede, em São Paulo, com a Associação dos Advogados do Banco do Brasil (ASABB) para debater questões que envolvem a defesa do banco e dos direitos dos funcionários do BB.
A ofensiva do governo Temer contra os bancos públicos, questões do direito do trabalho e os processos de reestruturação do BB e da Caixa Econômica Federal, com possibilidades de privatização, não apenas dos bancos públicos, mas também das demais empresas públicas foram alguns dos temas em pauta.
“A situação é preocupante. Antes, mesmo se algum sindicato não conseguia obter avanços para os trabalhadores que representa, havia um arcabouço jurídico que impedia a redução de direitos. Com a nova legislação trabalhista é possível fazer a negociação direta com alguns trabalhadores, sem o auxílio dos sindicatos”, disse Carlos de Souza, secretário Geral da Contraf-CUT.
Para o presidente da ASABB, Luiz Roberto Ferreira Vaz, haverá resistência contra a retirada de direitos dos trabalhadores. “Existem questionamentos quanto a constitucionalidades de alguns artigos da nova lei e haverá oposição não apenas dos trabalhadores. A maior resistência virá da parte da Justiça do Trabalho”, observou.
Ações práticas
A reunião serviu também para o levantamento de questões que podem ser tocadas em colaboração entre as entidades, sindicatos e federações de trabalhadores.
“Esta foi a primeira de uma série de reuniões que faremos para organizar ações práticas na defesa dos funcionários e de seus direitos”, destacou o secretário Geral da Contraf-CUT.