O projeto de lei municipal elaborado pela Contraf-CUT e a CNTV – Confederação Nacional dos Trabalhadores Vigilantes e lançado em nível nacional no último dia 19, em Belo Horizonte, para combater o crime de “saidinha de banco”, foi entregue na terça-feira, dia 30, para a diretoria do Sindicato dos Bancários de Campina Grande e Região pelo diretor da Contraf-CUT e coordenador do Coletivo Nacional de Segurança Bancária, Ademir Wiederkehr. Campina Grande foi a segunda cidade do país a receber o projeto e a idéia é encaminhá-lo para discussão nas câmaras municipais em todo país.
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O projeto
O projeto está baseado na ampliação dos equipamentos e medidas de segurança nos estabelecimentos dos bancos, estabelecendo:
1- Equipamentos de prevenção:
– portas giratórias com detectores de metais antes do autoatendimento, com recuo após a fachada externa para facilitar acesso contendo armário de portas individualizadas e chaveadas para guarda de objetos de clientes;
– câmeras de filmagem em tempo real com monitoramento externo nas áreas de circulação de clientes nos bancos, incluindo calçadas externas e estacionamento, onde houver;
– vidros blindados nas fachadas externas, no nível térreo e nas divisórias internas das agências e postos de atendimento no mesmo piso
2- Equipamentos de privacidade nas operações:
– divisórias opacas e individualizadas, com altura de dois metros entre os caixas, inclusive nos caixas eletrônicos, para garantir a privacidade dos clientes durante as suas operações bancária;
– biombos ou estrutura similar, com altura de dois metros entre a fila de espera e a bateria de caixas das agências, bem como na área dos terminais de autoatendimento, cujos espaços devem ser observados pelos vigilantes e controlados pelas câmeras de filmagem, visando impedir a visualização das operações bancárias por terceiros
3- Equipamentos para melhorar as condições de trabalho dos vigilantes:
– uso de colete a prova de balas, arma de fogo e arma não letal autorizada;
– assento apropriado e escudo de proteção,
– proibição ao vigilante de exercer qualquer outra tarefa que não seja a de segurança.
Colocar a vida das pessoas em primeiro lugar
“Queremos proteger a vida de bancários, vigilantes, clientes e usuários, bem como melhorar as instalações de segurança das instituições financeiras, diante da onda de assaltos a bancos, que tem causado mortes, feridos e pessoas traumatizadas”, frisou Ademir.
Os bancos possuem recursos sobrando para melhorar as instalações de segurança. Somente até setembro deste ano, os cinco maiores bancos (BB, Itaú Unibanco, Bradesco, Santander e Caixa) acumularam lucros de R$ 32,08 bilhões. “Aplicar em recursos para prevenir assaltos não pode ser tratado como custo pelos bancos, mas como investimento na proteção da vida das pessoas”, salientou o diretor da Contraf-CUT.
“Os bancos precisam fazer a sua parte, melhorando as precárias condições de segurança privada nos estabelecimentos, assim como os governos devem investir mais na segurança pública, a fim de proteger efetivamente os trabalhadores e a sociedade”, afirma o presidente do Sindicato e da Fetec-NE, Rostand Lucena.