A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) divulgou nota em solidariedade ao governo de Cuba e lamenta a desinformação sobre manifestações contra a crise econômica e sanitária que o país atravessa. Notícias veiculadas dias atrás ignoram as dificuldades que o povo cubano tem para o acesso a alimentos e material sanitário estratégico para a segurança sanitária da população diante da pandemia.
Tais dificuldades, que afetam até mesmo o envio de respiradores mecânicos para doentes de covid-19, são agravadas pelo bloqueio econômico liderado pelo governo dos Estados Unidos e que persiste mesmo durante a pandemia. A nota alerta para o risco de uma intervenção dos Estados Unidos no país caribenho.
Veja abaixo a íntegra da nota.
Nota da Contraf-CUT sobre o bloqueio econômico a Cuba e a interferência na soberania e autodeterminação do povo cubano
A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) expressa seu apoio e solidariedade ao governo e ao povo cubano, diante do bloqueio que vem impedindo a esse povo condições para uma vida digna.
Declara também seu repúdio contra qualquer forma de ingerência e ataque à autodeterminação feito pelo imperialismo norte americano sobre a ilha.
A Confederação lamenta o uso distorcido das recentes manifestações contra a crise econômica e sanitária que o país atravessa, feito por países que apoiam o bloqueio econômico a Cuba.
As notícias estão sendo veiculadas sem informar que o bloqueio persiste em plena pandemia, impedindo o acesso a alimentos e material sanitário estratégico para a segurança sanitária da população.
A divulgação ideológica das notícias oculta que o bloqueio representa um golpe desumano contra um povo que, com a inviabilidade do turismo devido à pandemia, perdeu sua mais importante fonte de renda.
O agravamento da crise interna está sendo utilizado para gestos cínicos de “solidariedade” de países que, oferecendo “ajuda humanitária” como pretexto, pretendem uma intervenção ou até um golpe de Estado.
A Contraf-CUT reitera sua solidariedade, condena o bloqueio econômico, defende seu imediato fim, pede respeito às leis internacionais que garantem o direito à soberania e à autodeterminação do povo cubano.
São Paulo, 13 de julho de 2021.