Contraf-CUT denuncia desmandos da direção do BB à presidenta Dilma

Documento é entregue no Palácio do Planalto ao assessor José Lopez Feijóo

A Contraf-CUT entregou carta à presidenta Dilma Roussef nesta quarta-feira 14 denunciando a ausência de rumo da direção do Banco do Brasil e sua relação autoritária com o funcionalismo, com péssimas condições de trabalho, cobranças abusivas de metas e assédio moral, que estão provocando uma verdadeira epidemia de adoecimentos.

Entregue a José Lopez Feijóo, assessor da Secretaria da Presidência da República, pelo presidente Carlos Cordeiro e pela Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, que assessora a Contraf-CUT nas negociações com o banco, a carta acusa a diretoria da empresa de gestão temerária por estar provocando grande passivo trabalhista e pede ao governo, acionista majoritário, que “dê um basta a tudo isso e determine alterações imediatas na condução do banco”.

“O Banco do Brasil recentemente divulgou o maior lucro de um banco brasileiro em toda a história, sendo 10 bilhões de reais somente no primeiro semestre de 2013. Não obstante uma lucratividade tão grande e tamanha importância para a empresa, governo e país, os problemas apresentados neste documento demostram que ao invés de reconhecimento ao esforço dos funcionários, as práticas de gestão tem causado grande descontentamento com a direção do Banco do Brasil, com o governo e com o projeto de país que este mesmo governo propõe”, acusa o texto do documento.

Leia aqui a íntegra da carta da Contraf-CUT à presidenta Dilma Roussef

E veja abaixo outros trechos do texto:

> “O banco regrediu, para adotar políticas de recursos humanos ultrapassadas.”

> “As metas, que anteriormente eram definidas através de acordos de trabalho semestrais, agora são impostas diariamente de cima para baixo.”

> “O Banco do Brasil é hoje, de longe, a empresa do sistema financeiro onde está mais disseminada a prática do assédio moral.

> “As políticas democráticas de ascensão profissional foram rasgadas e muitos talentos são perdidos.”

> “As demissões por ato de gestão, abolidas em 2003, voltaram e são utilizadas pelos gestores mais autoritários. Os descomissionamentos e a redução no valor das comissões são ameaças e práticas constantes.”

> “Em vez de trabalhar pela melhoria de clima, o banco ainda agrava o estresse mandando economizar nos gastos com segurança, colocando em risco a vida de milhares de empregados e clientes.

> “Diante deste quadro, o funcionalismo e suas entidades de representação reivindicam que o Governo Federal, como acionista majoritário, dê um basta a tudo isso e determine alterações imediatas na condução do banco.”

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