A
Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro participou, nesta
sexta-feira (14), da sétima reunião da bancada do Partido dos Trabalhadores do
Senado, com a coordenação do Senador Jaques Wagner (PT-BA), participaram também
os senadores Humberto Costa (PE), Paulo Rocha(PT-PA) e Zenaide Maia (PROS-RN) juntamente
com a Secretaria Nacional de Combate ao Racismo do PT e o Movimento Negro
Brasileiro para debater Eleições Municipais e a representatividade negra no
Parlamento brasileiro.
Segundo Martvs das Chagas, secretário Nacional de Combate ao Racismo do PT, do
montante reservado para as candidaturas prioritárias no Partido dos
Trabalhadores, 30% será destinado às candidaturas negras. “Todavia, nossa luta
agora é para que o TSE aprove o percentual de 30% para candidaturas negras masculinas
e 50% para as candidaturas negras femininas. Esta é nossa próxima batalha.”
O senador Jaques Wagner lembrou que, no próximo dia 20, haverá a votação do PL
n° 2179, de 2020, que obriga os órgãos e instituições de saúde a promoverem o
registro e cadastramento de dados relativos a marcadores étnicos-raciais, como
idade, gênero, condição de deficiência e localização dos pacientes por eles
atendidos em decorrência de infecção pelo vírus SARS-CoV-2 (Covid19).
Almir Aguiar, secretário de Combate ao Racismo da Contraf-CUT, explicou que os
debates promovidos pela bancada do Partido dos Trabalhadores no Senado têm sido
muito importantes no sentido do diálogo e propostas na questão racial no
parlamento. Em sua fala, o secretário da Contraf-CUT lembrou que os bancários
estão em campanha salarial e uma das reivindicações é por mais contratações de
negras e negros no sistema financeiro. “A cor da pele é um dificultador para
ascensão profissional e as mulheres negras são as mais vulneráveis no setor”,
disse.
Almir citou Salvador como o exemplo clássico de uma cidade predominantemente
negra, com o número de bancários ainda insuficiente. “É a cara do racismo nos
bancos”, completou.