A atividade econômica voltou a cair em maio. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) dessazonalizado (ajustado para o período) apresentou queda de 0,51% em maio, comparado a abril, de acordo com dados divulgados hoje (14).
Em abril, houve uma interrupção de 15 meses seguidos em queda, com crescimento de 0,07%, na comparação com março, de acordo com dados atualizados.
Na comparação entre maio deste ano e maio de 2015, houve queda de 1,86%, de acordo com os dados sem ajustes, já que são períodos iguais na comparação. Em 12 meses encerrados em maio, a retração ficou em 5,43% e no ano, em 5,79%.
Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT, lembrou que, para um setor do movimento sindical que está prestes a iniciar suas negociações, não é bom ouvir que o PIB tem reagido mal e para baixo. “Temos criticado que as medidas para a retomada do desenvolvimento e da geração de emprego e de renda não dialogam com as políticas de manutenção da taxa Selic alta. Desde 2014 o movimento sindical bancário da CUT tem advertido que a crise política de disputa do poder feito por setores que perderam as últimas eleições tencionariam a conjuntura econômica. E continuamos advertindo que a saída não é atacando direitos trabalhistas ou a organização sindical. A crise começou em 2007 no sistema financeiro americano, de lá espalhou-se por vários continentes. Nós trabalhadores fomos atingidos em todos os países do mundo por uma crise criada pelos especuladores. E não queremos pagar o pato!”
O IBC-Br é uma forma de avaliar a evolução da atividade econômica brasileira e ajuda o Banco Central a tomar decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic. O índice incorpora informações sobre o nível de atividade dos três setores da economia: indústria, comércio e serviços e agropecuária, além do volume de impostos. Mas o indicador oficial sobre o desempenho da economia é o Produto Interno Bruto (PIB), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).