Contraf-CUT cobra PCR e Itaú Unibanco insiste em desvalorizar os funcionários

A negociação entre a Contraf-CUT e a direção do Itaú Unibanco, retomada na terça 18, em São Paulo, reforçou a insistência do banco em não valorizar seus funcionários. Mais uma vez ficou somente na promessa a apresentação de uma nova proposta do Programa de Complementação dos Resultados (PCR) digna aos seus trabalhadores. Nova rodada acontece nesta quinta 20.

O entrave ficou por conta da apresentação do índice de Retorno do Investimento sobre o Patrimônio Líquido (ROE) como base para justificar a continuidade da oferta no valor de R$ 1.600, rejeitado pela categoria.

O Itaú Unibanco já reconheceu que o PCR deve ser pago para todos, voltando atrás em sua decisão anterior. Além disso, será efetuado sem desconto de outros programas próprios de remuneração variável.

“Após não permitimos que os direitos fossem rebaixados, chegou o momento de avançarmos na definição de um valor justo, que de fato valorize aqueles que produzem o lucro do banco”, afirma Wanderley Crivellari, presidente do Sindicato dos Bancários de Londrina e funcionário do banco.

“Enquanto os executivos do banco recebem bônus de mais de R$ 1,5 milhão, a empresa oferece aos demais trabalhadores um valor que é 1.000% menor. É uma situação que incomoda os bancários, uma vez que não se sentem prestigiados e muitos menos valorizados”, afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e funcionário do banco.

“Os trabalhadores do Itaú Unibanco passam por um momento delicado, uma vez que a fusão não tem se mostrada positiva para a categoria. Ainda há uma série de problemas pendentes a serem resolvidos como a falta de funcionários, cobrança de metas abusivas, reformas inadequadas nas agências, problemas no sistema, o que gera um clima de insegurança e medo”, destaca Cordeiro.

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