A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) enviou, na terça-feira (3), um ofício ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) solicitando esclarecimentos sobre a não concessão de reajuste salarial a seus empregados.
“O banco alega que no acordo existe uma condição de eficácia, estabelecida por exigência da gestão anterior, indicada pelo governo Bolsonaro. Mas o mesmo acordo não estabelece que esta condição de eficácia esteja vinculada ao reajuste” disse o vice-presidente da Contraf-CUT, Vinícius Assumpção, que representa a entidade nas negociações com o banco.
O ofício observa ainda que, na ata da audiência de mediação realizada no Tribunal Superior do Trabalho, ficou expressamente claro que tal condição não vincularia a futura/atual gestão.
“Portanto, isto significa um descumprimento do ACT (Acordo Coletivo de Trabalho) e logo numa direção que foi indicada pelo atual governo Lula. Esperamos que a direção do BNDES, sob o comando do Presidente Aloísio Mercadante, faça imediatamente o repasse do reajuste da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) a todo o seu corpo de funcionários, que deveria ter sido creditado na folha de setembro”, concluiu o vice-presidente da Contraf-CUT.