Contraf-CUT assina acordo coletivo aditivo com Banco do Nordeste

Assiantura ocorreu ao mesmo tempo dos acordos de outros bancos públicos

A Contraf-CUT assinou na segunda-feira (8) o Acordo Coletivo de Trabalho 2012/2013, aditivo à Convenção Coletiva dos Bancários, com o Banco do Nordeste do Brasil (BNB), em Fortaleza. Pela primeira vez, o instrumento foi firmado ao mesmo tempo de outros bancos públicos, como Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, o que significa um marco para o funcionalismo benebeano.

Participaram da solenidade de assinatura o presidente e o vice da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro e Carlos Souza, respectivamente, dirigentes da Fetrafi Nordeste, sindicatos e integrantes da Comissão Nacional dos Funcionários do BNB (CNFBNB), que assessora o Comando Nacional dos Bancários nas negociações. O BNB foi representado pelo presidente Joel Lanzarin.

“Estamos completando 20 anos da Convenção Coletiva de Trabalho. Nenhuma outra categoria tem isso no Brasil e são poucas as outras partes do mundo que têm um instrumento como nós temos. E para quem é do Nordeste sabe o quanto é importante ter os mesmos direitos e as mesmas conquistas dos companheiros de São Paulo, por exemplo. Hoje está claro que o BNB é signatário da convenção assinada entre as entidades sindicais e os bancos. Isso é muito importante porque estamos agregando conquistas e valores a esse acordo nacional”, disse Carlos Cordeiro.

Carlos Sousa destacou a importância de um processo negocial saudável para se chegar a um bom termo. “A negociação foi um espaço respeitoso, mas também foi palco de disputa de projetos. A mesa tem lados opostos, mas há formas e formas de se fazer a disputa. O entendimento que nós temos é que essa disputa foi saudável, trabalhamos com muita objetividade. Pude perceber que aqui os companheiros têm divergências, mas são do mesmo time, que se chama Nordeste brasileiro. O BNB é extremamente estratégico, não só para a região, mas para o País, como fomentador de desenvolvimento”, frisou.

Tomaz de Aquino, coordenador da CNFBNB, destacou que houve empenho tanto das entidades representativas como do banco. “Finalmente conseguimos, dentro de um processo que já durava dez anos, atingir um maior grau de profissionalismo na negociação. A direção do BNB mostrou uma atitude maior de ir buscar a autorização em tempo recorde e fazer a assinatura. Isso sinaliza que possamos ter uma nova postura do banco”, afirmou. Ele solicitou ao presidente e aos diretores da instituição o mesmo empenho para avançar em outras questões, como o Plano de Cargos e Remuneração, além de soluções para o Plano de Previdência e a Ação de Equiparação.

A formalização do acordo é uma conquista histórica dos bancários. Este é o primeiro ano em que a redação do acordo não terá de passar pela aprovação do Dest, o que adiava a assinatura em até nove meses após a data base, como em 2011, e deixava mais de 6 mil funcionários desprotegidos.

“Nós enfrentamos dificuldades muito grandes, mas agora não. Agora, nós temos referência. Daqui para frente teremos referência de avanço, de maturidade e de disposição, porque ela é essencial”, concluiu Carlos Eduardo Bezerra, presidente do Sindicato dos Bancários do Ceará e da Fetec Nordeste.

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