As mobilizações contra o desmonte do Estado brasileiro seguem fortes nesta semana em Brasília. Ontem, a pressão dos petroleiros conseguiu evitar novamente a votação do PL 4567/16 na Câmara, e as ações continuam nesta quarta, quando o projeto que entrega a operação do pré-sal às empresas multinacionais volta à pauta de votação. Também hoje acontece o ato contra a aprovação da PEC 241, que fixa por 20 anos um teto de gastos para saúde e educação, à revelia do disposto na Constituição.
O governo golpista de Michel Temer quer aprovar para o orçamento das duas áreas, essenciais, apenas o percentual equivalente à inflação do ano anterior. Entidades das áreas de Saúde e Educação, além de estudantes e demais categorias organizadas, pressionam os parlamentares para evitar tantos retrocessos, que terão consequências extremamente danosas para a sociedade brasileira. O parecer da PEC 241 foi apresentado ontem em Comissão Especial da Câmara. Segundo o presidente da Casa, Rodrigo Maia, a 241 poderá ser votada na próxima segunda, 10.
“Entregar o pré-sal ao capital estrangeiro é entregar uma riqueza que poderia ser revertida em avanços na saúde, educação e outras áreas essenciais. No entanto, o governo golpista não só quer entregar esse patrimônio como também reduzir os investimentos em saúde e educação. Um verdadeiro desmonte, que acontece sem que a maioria da sociedade se dê conta, pois tudo vem sendo feito de forma atropelada, para tentar evitar a reação. Mas vamos reagir e ir adiante nessa luta, porque o que é público tem que ser para todos”, afirmou a coordenadora do Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas, Maria Rita Serrano.