As principais agências do Santander amanheceram de portas fechadas nesta quarta-feira (31), em Campina Grande. A paralisação fez parte do Dia Nacional de Lutas, que acontece em todo o país, contra as medidas implementadas pelo banco, desde que entrou em vigor a Reforma Trabalhista.
Os bancários suspenderam por 24h as atividades e permaneceram em frente aos locais de trabalho com faixas e cartazes chamando atenção da população contra as arbitrariedades que retiram os direitos dos trabalhadores.
O banco já havia sido alvo de protestos no dia 20 de dezembro do ano passado, e mesmo após as mobilizações que solicitaram novas negociações, o Santander não deu nenhuma resposta, e seguiu com o plano de derrubada dos direitos trabalhistas.
Arbitrariedades
Mesmo com acordos válidos até 31 de agosto de 2018 (CCT 2016-2018 e Acordo Aditivo), o Santander tem feito mudanças – como um sistema para forçar a assinatura em um Acordo Individual de Banco de Horas Semestral – que não estão previstas. Além disto, sobre o acordo individual de horas extras, o Santander também informou a alteração do dia de pagamento dos salários, do dia 20 para o dia 30, e os meses de pagamento do 13º salário, antes março e novembro, agora passam a ser maio e dezembro. Os trabalhadores também sofrem com os aumentos abusivos do plano de saúde, que tem causado dificuldades para muitos deles bancarem os custos. Outro problema constante é o grande número de demissões.
“Não podemos permitir a retirada dos direitos dos trabalhadores e a quebra de acordos vigentes conquistados com muita luta. Iremos até o fim em defesa dos direitos trabalhistas”, frisou Rostand Lucena, presidente do sindicato.