Agência Brasil
Mariana Branco
Em março, o governo central – que reúne as contas Tesouro Nacional, da Previdência Social e do Banco Central – registrou superávit primário de R$ 1,463 bilhão. Em fevereiro, houve déficit de R$ 7,4 bilhões. O superávit primário é a economia pública para pagamento dos juros da dívida.
Apesar de positivo, o resultado é 54,3% inferior ao superávit de março de 2014, que ficou em R$ 3,2 bilhões. No acumulado de janeiro a março, há superávit de R$ 4,485 bilhões, resultado 65,8% inferior ao saldo positivo de R$ 13,1 bilhões registrado para igual período de 2014.
As informações foram divulgadas hoje (29) pelo Tesouro Nacional. Amanhã (30), o Banco Central divulgará um resultado fiscal mais amplo, incluindo, além do Governo Central, as contas dos estados, municípios e empresas estatais.
Em março, houve crescimento das receitas do Governo Central, que aumentaram R$ 5,6 bilhões, ou 6,1% em relação a fevereiro, chegando a R$ 97,4 bilhões. Além disso, as transferências da União aos estados e municípios tiveram decréscimo de R$ 6,9 bilhões (31,8%).
Segundo o Tesouro, a queda decorreu da diminuição em R$ 4,4 bilhões (26,6%) nas transferências constitucionais, reflexo da arrecadação de tributos compartilhados como Imposto de Renda (IR) e Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Ainda segundo o Tesouro, houve influência, ainda, da queda de R$ 1,8 bilhão, ou 66,4%, das transferências de royalties do petróleo. As despesas do Governo Central tiveram acréscimo de R$ 3,6 bilhões, ou 4,7%, no comparativo entre fevereiro e março de 2015.
No mês passado, as contas específicas do Tesouro Nacional ficaram superavitárias em R$ 8 bilhões, puxando o resultado positivo mensal do Governo Central. Já a Previdência Social e o Banco Central tiveram déficit, respectivamente, de R$ 6,5 bilhões e R$ 42,9 milhões.