Congresso dos bancários de Brasília aprova propostas para Campanha Nacional

Em mais um importante passo para a construção da Campanha Nacional 2011, os bancários de Brasília definiram em assembleia no sábado (23), durante encerramento do Congresso do Sindicato, as reivindicações da categoria: piso do Dieese, cujo valor em maio deste ano foi de R$ 2.293,31, aumento real de 5%, combate à terceirização, fim dos correspondentes bancários, igualdade de oportunidades e planos de previdência e de cargos e salários para todos.

Também foi aprovado o aprofundamento do debate sobre o papel dos bancos, especialmente Basa, BNB, BB, Caixa e BRB, com a entrega de documento do Sindicato à presidenta Dilma Rousseff e ao governador do DF, Agnelo Queiroz.

As propostas serão levadas agora para a 13ª Conferência Nacional dos Bancários, que será realizada em São Paulo entre os dias 29 e 31 de julho, cujo mote é ‘Emprego decente, compromisso com o Brasil’.

“Quem participou do nosso congresso constatou que todos os colegas puderam expressar suas ideias e sugerir suas reivindicações. Assim como nos anos anteriores, venceu a democracia. Após a 13ª Conferência, onde será definida a minuta geral de reivindicações que será negociada com a Fenaban, paralelamente às negociações específicas do BB e da Caixa, centraremos força na mobilização de toda a categoria para que alcancemos mais uma campanha vitoriosa”, afirma o presidente do Sindicato, Rodrigo Britto, reforçando mais uma vez a importância da unidade nacional.

Confira as principais reivindicações definidas pelo Congresso do Sindicato:

– Piso do Dieese, de R$ 2.293,31;
– Aumento real de 5% mais inflação do período, projetada em torno de 7% (INPC);
– Anuênio de 2% para todos;
– Cumprimento da jornada de 6 horas;
– Plano de Cargos e Salários (PCS) para todos;
– PLR de três salários mais R$ 4 mil, com contribuição de percentual para previdência complementar;
– Fim das metas abusivas e do assédio moral;
– Valor de um salário mínimo para o tíquete-refeição, a cesta-alimentação, a 13ª cesta-alimentação e o auxílio-creche/babá.
– Plano de previdência para todos;
– Combate à terceirização e fim dos correspondentes bancários;
– Igualdade de oportunidades para mulheres e negros;
– Inclusão de fato de deficientes e respeito às suas limitações nos locais de trabalho;
– Criação de mecanismo para proteger e incentivar as gestantes quando do retorno da licença-maternidade;
– Tíquete combustível;
– Unificação com a data-base dos vigilantes e antecipação da data-base dos trabalhadores do ramo financeiro para maio;
– Renegociação de dívidas;

Moção de repúdio ao Itaú Unibanco

Indignados com as demissões ocorridas em todo o país, os trabalhadores do ramo financeiro de Brasília ainda aprovaram uma moção de repúdio ao Itaú Unibanco. Mesmo com o lucro recorde de R$ 13,3 bilhões em 2010, a instituição financeira insiste em demitir bancários em todo o país depois da fusão, incluindo Brasília, contrariando compromisso do próprio presidente da instituição, e permitir casos de assédio moral em suas dependências. “O maior banco privado do país precisa reavaliar sua política de gestão de pessoas. O bancário, que tanto contribui para construir os lucros exorbitantes do Itaú, deve ser valorizado, e não demitido”, critica o presidente do Sindicato.

O Congresso foi encerrado ao som do samba-reggae do Entorno das Artes, projeto social mantido pelo Sindicato e que oferece gratuitamente oficinas de música para crianças e adolescentes da região administrativa de Ceilândia.

Formato inédito

Bancários, financiários e cooperativários debateram entre os dias 11 e 23, no Congresso do Sindicato dos Bancários de Brasília, a unidade dos trabalhadores do ramo financeiro. O objetivo do congresso, dividido em três etapas, foi organizar estratégias de mobilização e colaborar no processo de formação das minutas de reivindicações a serem negociadas com os patrões.

A primeira etapa, ocorrida nos dias 11, 12 e 19, consistiu num Ciclo de Debates, que contou com exposições, palestras, filmes e discussões sobre diversos temas relevantes para o Ramo, como adoecimento psíquico, terceirização e direitos trabalhistas e previdenciários.

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