Valor Econômico
Fernando Torres e Ana Luísa Westphalen, de São Paulo
O Banco do Brasil confirmou ontem que o Tesouro Nacional vai ceder seus direitos de subscrição no aumento de capital da instituição em favor do Fundo Soberano do Brasil (FSB), do qual é o único cotista indireto. Não foi divulgado, no entanto, quantas ações o FSB comprará do BB.
A informação sobre a participação do Fundo Soberano na oferta consta do anúncio de início de distribuição, que foi publicado ontem, com um dia de atraso em relação ao cronograma previsto inicialmente. O preço de venda das ações será conhecido na noite do dia 30 de junho.
Os atuais acionistas terão não apenas o direito de manter sua fatia no capital, como de ceder seus direitos de subscrição. Esses investidores terão entre os dias 21 e 23 para manifestar sua decisão.
A parcela da oferta destinada aos pequenos investidores deve ser de 10% a 30% do total. Os primeiros 10% serão vendidos prioritariamente para funcionários do Banco do Brasil, que terão condições favorecidas para participar da distribuição.
Os pequenos investidores de forma geral devem realizar seus pedidos de reserva a partir do dia 21. O prazo limite é o dia 29.
No total, serão ofertadas 356,8 milhões de ações ordinárias, sendo 286 milhões em oferta primária – na qual os recursos vão para o cofre do banco – e outras 70,8 milhões de ações de titularidade do BNDESPar e de dois fundos governamentais. Pela cotação de fechamento da ação ontem, a R$ 27,50, a oferta pode ser calculada em R$ 9,8 bilhões.
A companhia pode ainda ofertar um lote suplementar de até 39.150.340 ações ordinárias de emissão do banco, incluindo mais ações da BNDESPar e papéis mantidos em tesouraria, o que corresponde a 11% do total inicialmente ofertado. Se a venda desse lote extra for confirmada, o valor da distribuição sobe para R$ 10,86 bilhões.
Caso a homologação do aumento de capital social do Banco do Brasil não seja feita em tempo hábil, a oferta poderá ser liquidada com a entrega de certificados de depósito de valores mobiliários (Units), que depois seriam trocados pelas ações.
Bank of America Merrill Lynch, BB Investimentos, BTG Pactual, Citi e JP Morgan atuam como bancos coordenadores da operação.