Bancários do estado de São Paulo definiram no sábado (21) suas prioridades para a Campanha Nacional Unificada 2021/2022 durante a 23ª Conferência Estadual, organizada pela Fetec-CUT/SP, que definiu a delegação e a pauta de reivindicações para a Conferência Nacional da categoria, que acontece em setembro. Na ocasião, foram eleitos 400 delegados.
Por conta da pandemia, pelo segundo ano consecutivo a conferência foi realizada de forma virtual, superando as expectativas de participação, com a presença de 426 delegados dos 14 sindicatos filiados à Fetec-CUT/SP, eleitos em assembleias e nas conferências regionais preparatórias.
O diretor de Administração e Finanças da federação, Roberto Rodrigues, apresentou o plano de lutas, que, entre outros temas, prioriza a saúde dos trabalhadores bancários, com fiscalização do teletrabalho, respeito à jornada e direito à desconexão. A manutenção da CCT, continuidade do aumento real e da PLR também protagonizaram o debate que ainda abordou o cenário caótico do país com o retrocesso imposto pelo governo Bolsonaro.
“Vivemos um dos piores cenários da nossa história, com o pior governo num momento extremamente delicado. São milhares de famílias enlutadas, pessoas em total estado de miséria, milhares de desempregados e nossa economia afundando de tal forma que levará anos para revertermos todo esse retrocesso e retirada de direitos impostos por esse governo genocida. Portanto, nossa luta vai muito além da garantia e manutenção de direitos. Historicamente a categoria bancária é linha de frente em lutas históricas e neste ano não será diferente. Não estamos sós. Estamos atentos e fortes. Vamos transformar nosso luto em luta, nas ruas e nas redes’’, concluiu a presidenta da Fetec/SP, Aline Molina.
Para a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Ivone Silva, o cenário atual exige que os trabalhadores de bancos enfrentem questões urgentes e fundamentais, como a defesa da vida, dos empregos, regime de home office, critérios para retorno presencial ao trabalho e garantia de direitos seriamente ameaçados pela política econômica do governo Bolsonaro, representado pelas privatizações, pela PEC 32, que vai destruir o serviço público, e pela MP 1045, que praticamente volta ao regime da escravidão e que também afeta diretamente os bancários. ”Por isso, os trabalhadores de bancos precisam estar mobilizados e organizados, junto ao sindicato, em uma campanha nacional forte.”
Confira o Plano de Lutas de 2021/2022
1 – Para negociação coletiva:
- Manutenção da CCT e da mesa única de negociação;
- Pela continuidade do aumento real e PLR;
- Fiscalização de condições de para o teletrabalho/home office;
- Respeito à jornada de Trabalho e ao direito de se desconectar;
- Lutar pela representação de todos os seguimentos do Ramo Financeiro;
- Reconhecimento da Patologia da COVID como doença ocupacional e emissão de CAT.
2 – Categoria bancária
- Em defesa do Emprego e de mais contratações;
- Contra o fechamentos de agências/departamentos;
- Lutar por saúde plena e condições de trabalho dignas;
- Defesa da Saúde e Segurança do trabalhador Bancário e Bancaria;
- Combate às cobranças excessivas de metas que adoecem;
- Contra os descomissionamentos arbitrários;
- Reiterar e intensificar os protocolos Sanitários, como: uso de máscara, distanciamento, acrílicos nas mesas, renovação do ar, Sanitização e limpeza permanente;
- dos Locais de Trabalho, entre outros;
- Em defesa dos bancos e empresas públicas, e de seu papel social.
3 – Democracia para os trabalhadores(as)
- Em defesa do estado democrático de direito;
- Estatização do sistema financeiro com controle social e político;
- Defesa da vida e das orientações médicas e sanitárias da OMC;
- Fora Bolsonaro;
- Vacina no braço, comida no prato!
Fonte: Fetec-CUT/SP