O Comitê de Mulheres da Rede Uni Brasil se reuniu, nesta terça-feira (8), para debater estratégias para o próximo período. A reunião aconteceu na sede da Contraf-CUT, em São Paulo, e debateu os impactos da Reforma Trabalhista, que já afetam os trabalhadores, mas que são ainda maiores na vida das mulheres.
A economista do Dieese, Regina Camargos, apresentou alguns dados sobre a Reforma Trabalhista e mostrou como ela precariza as condições de trabalho, principalmente para as mulheres. “Os cortes nos empregos públicos, por exemplo, prejudicam sobremaneira as mulheres, empurrando-as para empregos precários com menor garantia de renda, além de maiores dificuldades de conciliação entre trabalho e família”, explica.
“A reforma não responde às expectativas de que as restrições do mercado de trabalho diminuam e as economias comecem a se recuperar. Pelo contrário, a reforma produz efeitos extremamente adversos que leva, entre outras coisas, à precariedade e à pauperização da população trabalhadora”, completa Regina.
Durante o encontro, foi feita também uma avaliação sobre a 7ª Oficina da Rede Mulheres UNI Brasil, na qual foi abordado o tema sobre automatização do trabalho na vida das trabalhadoras. “A avaliação foi positiva pois os temas tratados afetarão muito o futuro das mulheres no mercado de trabalho”, explica Elaine Cutis, Secretária da Mulher da Contraf-CUT.
De acordo com Elaine, o debate desses temas é muito importante para o momento. “Na conjuntura que estamos vivendo é fundamental reforçarmos a nossa força de luta e resistência”, afirma.
As participantes organizaram a agenda de atividades para o próximo período e se preparam para o Congresso Mundial em Liverpool, na Inglaterra, previsto para o ano que vem.