A Comissão Bipartite de Igualdade de Oportunidades se reuniu, nesta terça-feira (19), com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), na sede da federação, em São Paulo, e abriu a possibilidade da criação de um programa pela diversidade dos bancos.
Os bancos atenderam a reivindicação dos bancários e apresentaram as práticas de diversidades feitas pelos bancos. Em cima das informações, o movimento sindical reivindicou a construção de um programa comum de diversidade.
“Queremos construir ações efetivas e concretas, que sejam transparentes para a categoria e para os bancos. Nós queremos também que os bancos cumpram o mínimo exigido pela lei, para que essas pessoas possam entrar no mercado de trabalho. Para isso, precisamos de dados atualizados dos bancos, para podermos discutir em cima da realizada atual”, cobrou Mauro Salles, Secretário de Políticas Sociais da Contraf-CUT.
Os bancários apresentarão no próximo encontro uma proposta inicial do programa. Já os bancos, por sua vez, trarão os números atualizados de Pessoas com Deficiência (PCDs) no sistema financeiro.
O Comando Nacional informou que a Contraf-CUT lançará, no início de outubro, uma campanha nacional contra a discriminação nos bancos. Além da discriminação contra LGBTs, a campanha também alertará sobre a discriminação contra mulheres, negros e pessoas com deficiência.
O secretário de Combate ao Racismo da Contraf-CUT, Almir Aguiar, cobrou uma resposta a pauta de reivindicações, apresentada no final do ano passado, sobre o que vem sendo feito nos últimos anos na questão racial, para que haja uma resposta mais efetiva dos bancos: “Queremos respostas objetivas da Febraban, que ajudem a diminuir a desigualdade entre negros e brancos nos bancos. Precisamos saber o que tem disso feito para reverter as diferenças na contratação e ascensão profissional no sistema financeiro”, afirmou Almir.
Antes de encerrar, os bancários pediram uma mudança na data da próxima reunião, que inicialmente estava marcada para 21 de novembro.