Combust¡veis e alimenta‡Æo respondem pela infla‡Æo de abril

(São Paulo) Segundo cálculo divulgado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em abril, o custo de vida no município de São Paulo apresentou variação de 0,41%, taxa 0,16 ponto percentual (pp) superior à de março (0,25%). A pesquisa registrou os principais aumentos em  Transporte (0,84%), Alimentação (0,42%) e Saúde (0,41%). Em conjunto, estes grupos de despesa contribuíram com 0,31 pp no cálculo da inflação do mês.

 

Índices por estrato de renda

Além do índice geral, o Dieese calcula mais três indicadores de inflação, segundo tercis de estrato de renda das famílias paulistanas. Em abril, o comportamento dos preços indicou correlação positiva entre o nível de rendimento e a alta do custo de vida. O estrato 1, que corresponde à estrutura de gastos de 1/3 das famílias mais pobres (renda média = R$ 377,4), registrou a menor taxa de inflação no mês, 0,31%. Para o estrato 2, que contempla os gastos das famílias com nível intermediário de rendimento (renda média = R$ 934,17*), a taxa foi de 0,39%, enquanto o estrato 3, que reúne as famílias de maior poder aquisitivo (renda média = R$ 2.792,90), a variação ficou em um patamar de 0,43%.

 

Inflação Acumulada

Nos últimos 12 meses – entre maio de 2006 e abril último – o ICV- Dieese acumula alta de 3,09 %. Nos quatro primeiros meses deste ano –  de janeiro a abril –  sua taxa é de 1,83 %. As taxas anuais, de maio de 2006 a abril de 2007, apontam uma correlação inversa com a renda familiar, sendo maior para o 1º estrato (3,81%), seguido do 2º estrato (3,02%) e menor taxa para o 3º (2,99%). Comportamento contrário se observa nas taxas deste ano, com menor variação para o as famílias de menor poder aquisitivo (1,46%), seguido pelas com renda intermediária (1,61%) e maior para aquelas que ganham mais (2,04%).

 

Estabilidade

Análise das taxas apuradas pelo Dieese  mostra que as diferenças das taxas do 1º decil (limite superior de 10% das taxas pesquisadas) e 9º decil (limite superior de 90% destas taxas) diminuíram entre janeiro de 2006 e abril último. Nos cinco primeiros meses de 2006, estas diferenças situavam-se acima de 5 pp. A partir de junho de ano passado, elas caem para patamares da ordem de 4 pp, com pequenas oscilações, apontando, não só menores quedas de preços como também menores aumentos. O intervalo entre estes decis corresponde a 80% dos itens do ICV- Dieese, e a diminuição nas diferenças das taxas sugere maior estabilidade nos preços da economia paulistana.

 

Fonte: Dieese/CUT

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