A luta por melhores condições de trabalho e de saúde foi reafirmada nesta quarta-feira, dia 28, durante a programação do Dia em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho. Os bancários estiveram presentes numa série de atividades promovidas pelo Fórum Sindical de Saúde do Trabalhador, no Largo Glênio Peres, no centro de Porto Alegre.
Durante toda a manhã foram realizados debates e palestras sobre saúde do trabalhador e condições de trabalho. As atividades contaram com a participação de líderes sindicais, políticos, profissionais da área da saúde, especialistas em direito do trabalho e público em geral.
O objetivo da programação foi ampliar o debate sobre as questões relacionadas à saúde do trabalhador e apontar caminhos que levem à melhoria das condições de trabalho. Todos os anos no Brasil são gastos bilhões de reais em recursos públicos com os acidentes de trabalho. Em 2008 foram R$ 46 bilhões com assistência médica, benefícios por incapacidade temporária ou permanente e pensões por morte de trabalhadores vítimas das más condições de trabalho.
O diretor da Federação dos Trabalhadores e das Trabalhadoras em Instituições Financeiras (Fetrafi-RS), Amaro Souza, destaca que é preciso uma ação mais efetiva para garantir a aplicação de medidas que preservem a saúde dos trabalhadores. “É preciso prevenir as doenças e acidentes e dar uma assistência adequada às vítimas. Temos um descaso geral do Estado quanto aos problemas enfrentados por estes trabalhadores”.
Amaro destacou ainda as ações do movimento sindical bancário na área da Saúde. “Temos desenvolvido amplas campanhas de prevenção às doenças físicas e psíquicas na categoria. Além disso, outras iniciativas específicas como a Campanha “Tudo Tem Limite: tolerância zero com a violência dos bancos”, incentivam e recebem denúncias de assédio moral e de outras irregularidades praticadas dentro das instituições financeiras”, salienta.
O dirigente sindical disse ainda que os bancários têm tradição no enfrentamento às doenças e acidentes do trabalho. “Ao longo da última década, constituímos instrumentos importantes para as nossas lutas na área da Saúde. A criação dos grupos de Ação Solidária é um exemplo disso. Auxiliamos os trabalhadores nos seus momentos mais difíceis: quando os patrões lhes dão as costas e o estado falha em dar uma assistência digna”, finaliza.