Comando retoma negociação da pauta específica com a Caixa nesta sexta

Em debate: Funcef, aposentados, isonomia, segurança bancária e terceirização

O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, retoma com a Caixa Econômica Federal nesta sexta-feira, dia 29, das 9h45 às 13h, em Brasília a negociação da pauta específica da Campanha Nacional 2014. Trata-se da segunda rodada e os assuntos em debate serão Funcef, aposentados, isonomia, segurança bancária e terceirização.

Em relação ao tema da Funcef, os representantes dos empregados reivindicam o fim do voto de Minerva nas instâncias da Fundação, assim como o reconhecimento, por parte da Caixa, do CTVA como verba salarial para fins de aporte à Fundação aos que permanecerem no REG/Replan não-saldado e aos que saldaram.

Também será cobrado o fim da discriminação e o direito do pessoal do REG/Replan migrar para o Plano de Cargos e Salários (PCS) de 2008 e para o Plano de Funções Gratificadas (PFG) de 2010.

Uma das demandas para os aposentados é a extensão do Saúde Caixa aos trabalhadores que se aposentaram por meio do Programa de Apoio à Demissão Voluntária (PADV).

Outra reivindicação é a extensão do auxílio e da cesta-alimentação a todos os aposentados e pensionistas, inclusive aos desligados em PADV, incluindo decisões transitadas em julgado em que os aposentados e pensionistas tenham perdido a ação. Também é reivindicado o pagamento de abonos e PLR aos aposentados e pensionistas, com o custo arcado pela Caixa.

Para a isonomia, a principal reivindicação é licença-prêmio e Adicional por Tempo de Serviço (ATS) para os bancários que entraram na empresa a partir de 1998. Outro item reivindicado é a revisão da Estrutura Salarial Unificada e do PCS da carreira administrativa, com valorização salarial.

Na primeira negociação, ocorrida na quinta-feira, dia 21, a Caixa rejeitou reivindicação específica pelo fim do programa Gestão de Desempenho de Pessoas (GDP), que prioriza a gestão de resultados e não leva em conta a falta de condições de trabalho que afeta o conjunto dos empregados nas unidades.

O GDP, aliás, é visto como uma atrocidade, sobretudo por institucionalizar a cobrança de metas individuais, rotular o empregado, criar remunerações variáveis e abrir espaço para ranking de desempenho, com o consequente aumento no volume de situações de adoecimento no trabalho.

Na primeira rodada, porém, o banco acenou com alguns avanços em itens de saúde do trabalhador e Saúde Caixa.

Para Fabiana Matheus, coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), que assessora o Comando nas negociações com o banco, “as conquistas estão diretamente relacionadas à participação dos empregados nas mobilizações”. Afinal, segundo ela, sem a força de pressão, as negociações não avançam”.

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