O Comando Nacional dos Bancários discutiu nesta terça-feira (28) sobre os problemas que afetam a saúde dos bancários em seu dia a dia de trabalho. O tema estará em pauta na mesa de negociações com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), que será realizada na manhã desta quarta-feira (29), em São Paulo.
A presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Ivone Silva, uma das coordenadoras da mesa de negociações, ressaltou a importância das mesas temáticas de negociações e os avanços que são conquistados pelos trabalhadores em decorrência das negociações realizadas nestas mesas.
“Neste ano, conseguimos colocar peso nestas mesas, com a participação do Comando nestes debates específicos e conseguimos alguns avanços, principalmente na mesa de igualdade, mas também na mesa de saúde”, afirmou Ivone. Na última reunião da mesa de negociações, realizada no dia 9 de abril, os bancos aceitaram definir um cronograma de negociações sobre as questões de saúde da categoria.
Cronograma de negociações
O secretário de Saúde do Trabalhador da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Mauro Salles, que coordena a representação dos bancários na mesa de negociações de saúde, apresentou diversas questões relacionadas à saúde que afetam o trabalhador no seu cotidiano de trabalho e o cronograma de discussões definido com a Fenaban.
“Temos que estar atentos para que as negociações e acordos que realizarmos não sejam utilizados pelos bancos para se omitir de suas responsabilidades diante da realidade de adoecimento da categoria, alegando que existe acordo com a representação dos trabalhadores”, observou a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira, que também é coordenadora do Comando Nacional dos Bancários.
Na reunião de amanhã o tema a ser debatido girará em torno do descumprimento pelos bancos de cláusulas da CCT relacionadas à saúde, além do fluxo de encaminhamento dos bancários adoecidos para o afastamento para tratamento de saúde, recebimento de benefícios e retorno ao trabalho.
Na reunião seguinte, o debate será sobre o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) e as políticas de prevenção. Na terceira reunião, o adoecimento decorrente da pressão por resultados, metas abusivas e o assédio moral estará na pauta de discussões.
“Sabemos que a definição e a cobrança de metas são hoje uma das principais causas de adoecimento da categoria. Queríamos iniciar os debates por este tópico, mas vamos antes ampliar o debate sobre este ponto em específico para acumular informações e conseguir negociar com mais propriedade”, explicou Mauro.
Fonte: Contraf-CUT