Os coordenadores do Comando Nacional dos Bancários, Roberto von der Osten e Juvandia Moreira, utilizaram a segunda mesa do Encontro Nacional dos Funcionários dos Bancos Privados, na manhã desta quarta-feira (7), para encaminhar as estratégias da Campanha Nacional 2017. “O emprego bancário está sendo diretamente atingido por dois pontos: pelas reestruturações implementadas com os avanços tecnológicos e pelas reformas golpistas, como a trabalhista. Por isso, a defesa do emprego é nossa prioridade”, revelou Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT.
Ele lembrou as dificuldades enfrentadas nas duas últimas campanhas e os avanços conquistados. “Em 2015, nós tivemos a reposição da inflação, mais aumento real pequeno. Naquele ano, a prioridade definida pelo Comando já foi o emprego. Em 2016, nós vivemos o golpe e com ele ainda mais dificuldade nas negociações com os banqueiros. A nossa análise foi de um futuro muito complicado, por isso buscamos o acordo de dois anos, com a garantia de aumento real em 2017, além do abono de 31 dias de greve.”
Para este ano, disse Roberto, o Comando Nacional dos Bancários pensou uma Campanha Nacional com uma pauta de reivindicações que combata demissões, terceirização e reestruturação. “Nada impede que a gente faça um debate e criemos esse tipo de proposta para entregar à Fenaban. Além do mais, temos de usar o período da campanha para ir às ruas e politizar o debate com nossas bases.”
Juvandia utilizou a apresentação do Dieese, realizada anteriormente, para enfatizar a diminuição da categoria, em mais de 30 mil postos de trabalho nos últimos anos, e a diminuição dos salários, com a alta rotatividade nos bancos. “A situação pode piorar com as reformas propostas por esse governo. A reforma trabalhista é uma das piores coisas que podem acontecer para toda a classe trabalhadora, são mais de 200 dispositivos que regem as relações de trabalho alterados. E muita gente ainda não sabe disso. Precisamos refletir quantos desafios temos com esta conjuntura e buscar uma saída.”
Para a vice-presidenta da Contraf-CUT, os dirigentes sindicais têm um papel fundamental neste processo. “Nós temos que impedir que este projeto seja aprovado. Nós temos que ir nos locais de trabalho e explicar para todos os bancários quais os riscos que eles estão correndo. Cabe a gente levar todo mundo para rua. Temos de fazer uma Greve Geral, no próximo dia 30, ainda mais que a de abril. Os bancários têm uma organização que extrapola a categoria, nós temos que ir para as ruas dialogar com a população e fazer esse movimento acontecer”, finalizou.
Na parte da tarde, os participantes serão divididos por bancos e por grupos para debater os temas apresentados.
Veja a programação completa:
Encontro Nacional dos Funcionários do Banco Bradesco
Encontro Nacional dos Funcionários do Banco Santander
Encontro Nacional dos Funcionários do Banco Itaú Unibanco
Encontro Nacional dos Funcionários do Banco Mercantil do Brasil
Encontro Nacional dos Funcionários do Bic Banco