Na primeira reunião foi entregue a pauta de reivindicações e debatidos pontos prioritários. Contraf-CUT reafirmou a necessidade de que negociação seja para todos os trabalhadores do ramo financeiro. Banco do Brasil e Caixa Federal também participaram de mesa da Fenaban
(São Paulo) Na entrega da pauta de reivindicações da Campanha Nacional 2006, que aconteceu nesta quinta-feira, dia 10, o Comando Nacional deixou claro que são necessárias alterações na dinâmica das negociações. Primeiro, que sejam representados não apenas os cerca de 400 mil bancários, mas sim o 1 milhão de trabalhadores do sistema financeiro nacional. O segundo ponto é escolher prioridades para discussões mais aprofundadas, renovar as cláusulas que forem consensuais e que já existiam na Convenção Coletiva passada e valorizar mesas temáticas de saúde, igualdade de oportunidades e terceirização. Outro ponto importante foi as presenças do Banco do Brasil e da Caixa Federal na mesa de negociação com a Fenaban.
“Sabemos que serão negociações duras, como sempre são nossas campanhas, mas sabemos também que os bancos, pelos lucros que vêem obtendo, têm condições de atender às nossas reivindicações”, afirma Vagner Freitas, presidente da Contraf-CUT.
Prioridades
Neste ano, outra inovação foi o começo das negociações no mesmo dia de entrega da pauta de reivindicações. Os representantes do Comando apresentaram cerca de 20 prioridades.
Entre elas, aumento real de salário (a proposta é de 7,05% além da inflação do período), PLR com distribuição linear de 5% do lucro líquido de maneira linear, mais 1 salário e R$ 1.500 na parte fixa, isonomia de direitos, garantia de emprego, fim do assédio moral e das metas abusivas.
Participação
Além dos representantes do Comando Nacional e dos bancos, participou da entrega das reivindicações o presidente da Central Única dos Trabalhadores, Arthur Henrique, que destacou a importância dos Trabalhadores do Ramo Financeiro na Campanha Nacional Unificada dos Trabalhadores da CUT.
Lembrou também os lucros recordes que os bancos vêm obtendo. “Todos aqui falam em negociações duras, mas negociações duras são as que temos na Varig, com dificuldades até para pagar salários. Pelo que leio nos jornais, os bancos, com seus recordes de lucratividade, não terão nenhum problema para atender as reivindicações dos bancários e ajudar a desenvolver o país com melhor distribuição de renda”, disse.
Próxima negociação
A Fenaban pediu que fosse dado um tempo maior para analisar as reivindicações apresentadas hoje, marcando a próxima negociação para o dia 21 de agosto. Na mesma data acontece reunião do Comando Nacional.
Calendário
Como parte da mobilização dos trabalhadores do Ramo Financeiro, estão programadas atividades para os próximos dias 18 e 28 de agosto. No dia 17 haverá a entrega de minuta complementar no Banco do Brasil e na Caixa Federal. Estão sendo mantidos contatos para marcar a entrega também no BNB e no Banco da Amazônia.
Fonte: Contraf-CUT