Comando entrega pauta específica ao BNB e inicia negociações dia 24

Bancários esperam avanços na negociação específica com BNB

O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT e assessorado pela Comissão Nacional dos Funcionários do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), entregou nesta sexta-feira (17) a pauta específica de reivindicações à direção do banco, em Fortaleza. Foi agendada a primeira rodada de negociação para a próxima sexta-feira (24), no Centro Administrativo do BNB, na capital cearense.

Estiveram presentes Carlos Eduardo Bezerra pelo Comando Nacional; Ribamar Pacheco pela Fetrafi-NE; Alexandre Timóteo pelo Sindicato dos Bancários de Alagoas; Carmen Araújo pela Comissão Nacional dos Funcionários do BNB; e Pedro Moreira pelo Sindicato dos Bancários do Ceará.

A pauta foi recebida pelo por Paulo Sérgio Ferraro, presidente interino do BNB, juntamente com Nelson Antonio de Souza, diretor de Administração e TI; Manoel Lucena, diretor de Controle e Risco; e Francisco Cavalcante, superintendente de Gestão de Pessoas, além de assessores.

Na oportunidade, a representação dos bancários questionou o nível de terceirização e a necessidade de contratação de mais funcionários pelo BNB, bem como a realidade de trabalhadores que se encontram aposentados, mas ainda na ativa e que estão em situação de fragilidade. Para essa questão, o banco informou que está em processo de análise no Ministério da Fazenda o PIA (Programa de Incentivo à Aposentadoria) que irá contemplar os funcionários que se encontram nessa condição no banco.

Outro avanço considerável foi o fato de o banco sinalizar o aumento de 58% no número de agências, com abertura de 108 novas unidades até o final de 2013 e a convocação de concursados, gerando 2.509 novos postos de trabalho e revertendo a terceirização, que é uma das principais reivindicações do movimento sindical.

O Comando Nacional destacou a importância de o banco continuar sendo signatário da Convenção Coletiva de Trabalho. A questão em debate é a proteção dos direitos dos bancários e que o acordo coletivo, a ser assinado entre a representação sindical e a direção do banco, venha a dar maior respeito e proteção jurídica dos direitos, com efetiva assinatura do acordo assim que terminar a negociação.

“Esperamos que isso ocorra imediatamente ao fim das negociações porque a demora traz instabilidade jurídica, política e mostra fragilidade da posição do BNB para assinar um acordo e depositar no Ministério do Trabalho”, disse Carlos Eduardo.

Para ele, “é importante a mesa de negociação para a contratação de direitos, discutindo tanto remuneração, como a questão do emprego, saúde, igualdade de oportunidades e segurança. Essa negociação começa a mostrar uma resposta à categoria, já apresentando proposta. Essa é a dinâmica que a gente quer ver na mesa, mas ainda temos muito para avançar”.

“A expectativa é que esta mesa específica do BNB dê vazão e esgote de forma célere os pontos desta minuta ora protocolada, que significa uma estratificação dos anseios e desejos do corpo funcional deste importante banco, que de forma democrática foi discutida e aprovada em seu XVIII Congresso”, projetou Ribamar Pacheco.

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