Mobilização dos trabalhadores garantiu pagamento
A pressão dos vigilantes que prestam serviços para o Banco do Brasil das cidades de Uberlândia, Monte Alegre, Ituiutaba e Tupaciguara, no interior de Minas Gerais, garantiu na terça-feira (10) o pagamento dos salários em atraso. Aproximadamente 60 trabalhadores da CJF, terceirizada responsável pela segurança, haviam cruzado os braços.
Segundo o presidente do Sindicato dos Vigilantes de Uberlândia, Juliano Ribeiro Modesto, o superintendente do BB chamou a comissão de trabalhadores para conversar e já realizou todos os pagamentos. O dirigente sindical conta que em julho houve uma negociação com a empresa, inclusive envolvendo o Ministério Público do Trabalho (MPT), para que não houvesse mais atraso. “Como isso voltou a acontecer, resolvemos buscar uma solução junto ao BB”, explica.
Os vigilantes afirmaram que há seis meses os salários vêm sendo pagos de forma irregular e, até hoje, existem benefícios, horas extras e adicionais a ser recebidos. “Tenho pouco mais de R$ 200 para receber só de adicional noturno. Como pai de família, faz falta”, afirmou o vigilante Rodrigo Batista.
Trata-se de mais um retrato da precarização do trabalho terceirizado no Brasil, que o Projeto de Lei nº 4330, do deputado Sandro Mabel (PMDB-GO), tenta legalizar para aumentar os lucros das empresas. Por isso, as centrais sindicais estão pressionando os parlamentares, buscando o arquivamento dessa iniciativa que não atende os interesses da classe trabalhadora.