A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco se reuniu com o banco no final da tarde desta quarta-feira (22) para debater alguns pontos da minuta específica de reivindicação, resultado do Encontro Nacional dos Funcionários do Bradesco – realizado no início de agosto.
O Bradesco informou a suspensão do rodízio entre os trabalhadores da rede de agências, a partir de 4 de outubro, que acontece desde o início da pandemia do coronavírus (Covid-19). O banco justificou a decisão por conta de o movimento de flexibilizações das restrições sociais dos governos estaduais impactar nas agências, com aumento no volume de atendimento.
Na sequência, o Bradesco propôs iniciar as negociações para o plano de retorno também nos prédios administrativos. Os representantes dos trabalhadores reivindicam o estabelecimento de alguns critérios, como o retorno gradual, apenas com trabalhadores totalmente imunizados que se voluntariarem e de forma escalonada para evitar aglomerações na entrada e na saída com número limite. O banco concordou com os termos e ainda garantiu que não haverá convocações para o retorno dos trabalhadores do grupo de risco em nenhuma das áreas, que foi outro pedido da COE.
Os representantes dos bancários cobraram ainda a manutenção e o cumprimento dos protocolos de saúde e segurança, negociados desde o início da pandemia, como uso de máscara por clientes e funcionários, manutenção do distanciamento, álcool em gel, e a melhoria na qualidade das máscaras fornecidas aos funcionários. Além da aplicação do protocolo em caso de testagem positiva de Covid-19, com sanitização, isolamento dos funcionários e fechamento da agência ou departamento. O Bradesco acatou e se comprometeu a reforçar a comunicação para toda organização Bradesco.
“O retorno à mesa de negociação foi muito importante. Ainda mais num momento como este, em que precisamos garantir a saúde e a segurança dos trabalhadores que voltarão ao trabalho presencial, seja de forma contínua pelo fim do rodízio nas agências, ou de maneira escalonada, com os voluntários que estão em home office no momento”, afirmou a coordenadora da COE Bradesco, Magaly Fagundes. “Nesta reunião valorizamos a importância do espaço historicamente criado pelo movimento sindical bancário de negociação continua com os bancos para garantir respeito aos trabalhadores”, completou.
Ficou definido que o retorno ao trabalho presencial nos prédios administrativos começará em forma de projeto-piloto, a partir de 4 de outubro, apenas em São Paulo. “Fazer o retorno gradual e dialogando com o movimento sindical é uma medida importante. É fundamental que os bancários dos centros administrativos nos avisem, caso ocorra o descumprimento do que acordamos nessa reunião. Ficaremos atentos, como sempre estivemos”, garantiu a representante do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região na COE Bradesco, Erica Oliveira.
Testagem Covid-19
A COE Bradesco solicitou a expansão do teste para os familiares dos funcionários. O banco ficou de dar retorno posteriormente.
Horário de atendimento
Questionado sobre possível mudança no horário de atendimento nas agências, o Bradesco afirmou que mantém o reduzido horário para o público normal, das 10h às 14h. Para os aposentados, em dia de pagamento, das 8h às 14. Em dias normais, das 9h às 14h.
Flexibilização dos trajes
A COE Bradesco reivindicou a flexibilização da necessidade de trajes sociais para o trabalho devido ao calor que passará a fazer em todo o Brasil com a chegada do verão.
Emprego
A Comissão de Organização dos Empregados denunciou o aumento das demissões em todo o Brasil, de acordo com o registro dos sindicatos, e reforçou a prioridade da manutenção do emprego.
Pauta de reivindicações específicas
A COE Bradesco solicitou a retomada de negociação da pauta específica, do acordo de teletrabalho, emprego, valorização dos funcionários e plano de saúde/odontológico. A representação dos trabalhadores e o Bradesco voltam a se reunir na segunda quinzena de outubro para debater as reivindicações dos funcionários do Bradesco.