Reunidos na Contraf-CUT, dirigentes sindicais consideram a proposta positiva
A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú se reuniu nesta quinta-feira 21, na sede da Contraf-CUT em São Paulo, para discutir, dentre outros temas, a bancarização dos trabalhadores da área de financiamento de veículos, a Fináustria.
O processo de negociação teve início no mês de maio e envolve 1.829 empregados, que hoje não são considerados integrantes da categoria bancária, apesar de atuarem na área de crédito.
Por essa negociação, serão garantidos todos os direitos da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria bancária, bem como a PLR (Participação nos Lucros e Resultados) e a PCR (Participação Complementar nos Resultados).
Imediatamente, cerca de 500 trabalhadores terá aumento no piso salarial, saindo do piso de comerciários (aproximadamente R$ 900,00) para o piso da categoria, no valor de R$ 1.648,12.
Outra mudança fundamental é a jornada de trabalho, que passará a ser de 6 horas em vez de 8 horas diárias para cerca de 1.600 empregados, sem nenhuma redução de salário. Significa que a negociação garantiu jornada de 6 horas para cerca de 90% dos funcionários.
A jornada trabalhada aos sábados, domingos e feriados será considerada hora extra com adicional de 100%. Os empregados também terão direito a folgar um final de semana cheio (sábado e domingo) mais um domingo por mês.
‘Melhoramos a proposta’
“Conseguimos melhorar a proposta inicial apresentada pelo banco, garantindo direitos fundamentais, como o piso salarial e questões relacionadas à jornada, assegurando as 6 horas para 1.600 empregados e remuneração extra quando o trabalho for realizado nos finais de semana, além de todos os demais itens da CCT”, avalia Wanderley Crivellari, presidente do Sindicato dos Bancários de Londrina e um dos coordenadores da COE do Itaú, que assessora a Contraf-CUT nas negociações com o banco.
A proposta foi avaliada como positiva pelos integrantes da COE do Itaú. A Contraf-CUT solicitará agora do banco a apresentação da minuta de acordo coletivo, que será analisada pela confederação e depois encaminhada aos sindicatos para ser submetida às assembleias dos trabalhadores.
Emprego e plano de saúde
Na reunião também foram discutidas as demissões com justa causa que o banco vem implementando no país, os encaminhamentos sobre Plano de Saúde e o calendário da COE para depois da Campanha Nacional.
“Todos esses assuntos, mais os demais itens da nossa minuta específica, serão tratados após a Campanha Nacional, com ênfase nas questões de saúde e condições de trabalho”, complementa Wanderley.
Participaram da reunião da COE do Itaú o presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro, que fez um relato sobre o recém-instalado processo de negociação da Campanha Nacional 2014 com a Fenaban, e o secretário de Organização, Miguel Pereira, que informou sobre o seminário de terceirização realizado na semana passada em Brasília para discutir a estratégia de combate à ofensiva patronal no Congresso Nacional e no STF.