Um homem morreu durante uma briga com um vigilante em uma agência do Bradesco em São Bernardo do Campo, no ABC, na manhã desta segunda-feira (3). De acordo com a Polícia Militar, os dois homens já tinham se desentendido anteriormente.
Ainda segundo a PM, Sandro Antônio Cordol, de 33 anos, discutiu novamente com o segurança da agência, que fica na Rua Marechal Deodoro, no Centro. Segundo as primeiras informações, os dois brigaram e o segurança reagiu, atirando.
O Corpo de Bombeiros foi acionado para socorrer Cordol, mas ele não resistiu e morreu ainda no local do incidente.
Em nota, o banco lamentou o ocorrido e informou que o segurança era de uma empresa terceirizada. “O Bradesco lamenta profundamente a perda e presta total solidariedade aos familiares”, diz o texto.
Segundo o setor de comunicação da Polícia Militar em São Bernardo do Campo, os dois homens já haviam se desentendido na sexta-feira (30). Nesta segunda-feira, Cordol voltou à agência para falar com o vigilante.
O segurança disse aos policiais que eles discutiram e que Cordol simulou estar armado. O vigilante, então, reagiu atirando cinco vezes.
Insegurança
Os diretores do Sindicato dos Bancários do ABC, Gheorge Vitti e Belmiro Moreira, foram à agência Bradesco para garantir que o local fosse fechado e os trabalhadores tivessem condições de se recuperar do ocorrido. A entidade lamenta o desfecho do ocorrido e se solidariza com os familiares e trabalhadores.
Os funcionários da agência que estavam psicologicamente abalados foram dispensados. O Sindicato vai acompanhar e cobrar do banco a assistência necessária aos bancários, causada pelo trauma.
Um dos principais itens de reivindicação da Campanha Nacional dos Bancários em 2011 trata do combate à insegurança e da melhoria da assistência médica e psicológica aos bancários, vítimas constantes de seqüestros e extorsões, exigindo a instalação de equipamentos de prevenção contra esse tipo de crime.
“O ocorrido confirma a insegurança que os trabalhadores e os clientes enfrentam ao entrar numa agência bancária e os bancos têm responsabilidade compartilhada com as empresas de segurança. Ambas tratam o assunto com descaso, negligenciando o treinamento desses profissionais ao não investir em segurança”, afirmou Maria Rita Serrano, presidenta do Sindicato.