O cliente Sérgio Vicente Passarini, de 50 anos, foi baleado na terça-feira (9) após uma tentativa de assalto em frente ao Shopping Iguatemi, na Avenida Faria Lima, zona oeste de São Paulo. A vítima era um empresário e saía de uma agência do Itaú com R$ 5 mil, quando foi rendida por um motociclista e levou dois tiros. Um ônibus que passava pela avenida também foi atingido.
O crime aconteceu às 12h30, horário em que muitas pessoas saem dos escritórios da região para almoçar ou ir ao banco. Após os disparos, houve tumulto e pânico em frente ao shopping.
O motoqueiro abordou o empresário em frente à agência e efetuou quatro tiros. Não se sabe se ele reagiu ou se, assustado, tentou voltar para o banco.
Passarini levou um tiro em cada perna e retornou para a agência com o dinheiro na mão. Os funcionários do banco chamaram o resgate e a polícia e o cliente foi levado ao Hospital Albert Einstein. Ele não corre risco de vida. Os R$ 5 mil que pertencem à vítima foram depositados novamente em sua conta pela gerente do banco.
Segundo o policial militar que atendeu a ocorrência, cabo Eduardo Fleming, o motoqueiro fugiu em direção ao bairro de Pinheiros e ninguém anotou a placa da moto. “Ele estava com capacete preto e uma viseira fumê, em uma moto pequena, segundo as testemunhas. Tinha muita gente na rua e as pessoas estavam bastante assustadas”, disse.
A delegada que cuida do caso, Lygia Pimentel, pediu ao Itaú imagens das câmeras de segurança para identificar o assaltante. “Não sabemos se ele tinha um parceiro. Com a perícia veremos de onde saíram os tiros que atingiram o ônibus, se do motociclista, de um segurança do banco ou de um possível parceiro.”
Feridos
O ônibus da Viação Gato Preto, que fazia o trajeto Lapa-Socorro, parou no semáforo em frente ao Shopping Iguatemi quando foi atingido por um dos disparos. A janela ao lado da porta de desembarque, no lado esquerdo do veículo, se estilhaçou e os cacos de vidro feriram quatro pessoas – duas mulheres, um homem e o cobrador.
“Estávamos parados quando ouvimos três estampidos. No quarto, a janela estourou. Eu mandei todo mundo abaixar e ir para o chão, porque pelo menos as balas passariam por cima”, afirmou o motorista, Carlos Aparecido Nunes de Oliveira, de 48 anos.
“A bala ricocheteou de um lado para outro e foi parar debaixo do banco. Por sorte não atingiu ninguém. Nós ficamos aguardando terminar os tiros. Eu olhava para trás e tinha passageiro em cima de passageiro”, explicou Oliveira.
O cobrador Wilson Soares, de 38 anos, teve um corte de dois centímetros na perna direita e levou dois pontos. Dois outros feridos tiveram cortes superficiais na mão e outro sofreu uma batida leve n a cabeça. “O mais prejudicado fui eu, que me cortei e precisei tomar ponto”, disse Soares.
O motorista do ônibus desembarcou os passageiros que não estavam feridos e levou o veículo até o Hospital das Clínicas. “Passamos um nervoso danado. Era horário de pico, o Hospital das Clínicas está passando por reformas e eu fiquei quase uma hora sangrando. Consegui estancar porque amarrei um pano”, explicou o cobrador.