Desde 2003, o lucro dos bancos subiu 159,5% acima da inflação. No mesmo período, com toda luta e mobilização da categoria bancária por direitos e aumento real para salários, PLR, vales e auxílios, o crescimento real da remuneração desde 2004 foi de 20,3% nos salários e 41,6% no piso.
Além disso, somente com o que arrecadam na receita com tarifas, os bancos pagam toda sua folha de pagamento com sobras de quase 80%, ou praticamente outra folha inteira.
Se economizam com os bancários que estão na linha de frente nas agências e departamentos, o mesmo não se dá com os executivos. No Itaú, um diretor chega a ganhar quase 250 vezes mais que um escriturário. No Bradesco, 121 vezes mais; no Santander, 105.
Foi em torno de números como esses que dirigentes sindicais do Brasil todo reuniram-se na sede da Contraf-CUT, nesta terça-feira (31), em preparação para a quinta rodada de negociação da Campanha Nacional Unificada 2018. A reunião será realizada em São Paulo, nesta quarta (1º).
“São dados que demonstram todo tipo de injustiças com os responsáveis pelos gigantescos resultados do setor há duas décadas e que os bancos têm plenas condições de corrigir, pagando melhores salários, garantindo empregos e respeitando boas condições de trabalho”, afirmou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro. “O aumento real é uma prioridade apontada em pesquisas feitas com a categoria em todo o Brasil. Além disso, vamos cobrar igualdade de oportunidades e de ascensão profissional nas instituições financeiras.”