Chuva atrapalha encerramento do Fórum Social Mundial

Agência Brasil
Amanda Cieglinski e Amanda Mota
Enviadas Especiais

Belém (PA) – Uma forte chuva afastou boa parte dos participantes da última atividade do Fórum Social Mundial (FSM) de 2009, a Assembléia das Assembléias. Apesar da lama que cobria todo o chão, algumas centenas de pessoas se reuniram em frente ao palco principal da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) para ouvir as deliberações das 22 assembléias realizadas pela manhã de ontem, dia 1º.

O FSM não tem uma carta de princípios ou uma plenária para eleger prioridades após o fim do evento. Os diferentes movimentos sociais representados no megaevento apresentaram uma síntese dos principais assuntos discutidos e parte deles se comprometeu em transformar as reivindicações em mobilização.

As mulheres, por exemplo, pediram a segurança do emprego durante a crise e a legalização do aborto. Também não faltaram pedidos pela retirada das tropas israelenses do território Palestino. Já a plenária sobre crise mundial pediu que a Organização das Nações Unidas (ONU) seja a mediadora nas negociações da crise econômica.

Para Aldalice Otterloo, da Comissão Internacional do FSM, o saldo do Fórum de Belém é positivo. “Conseguimos aglutinar ações muito importantes nessa construção e trazer para o centro do debate discussões de minorias, como povos indígenas e quilombolas. A Amazônia realmente entra na pauta das discussões mundiais, porque os povos da região não vão mais deixar ninguém esquecer o que a agente está debatendo e propondo.”

Em 2010, segundo o presidente do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase), Cândido Griboviski, o FSM será descentralizado e ocorrerá nos moldes de como foi realizado em 2008, com manifestações distribuídas pelo mundo, sem uma base fixa. Já para 2011 o Fórum pode ter como sede a África ou o Oriente Médio.

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