(São Paulo) Cerca de 3 mil bancários do Unibanco de São Paulo aderiram na manhã desta sexta-feira, dia 21, às atividades do Sindicato no ITM (Call Center) e no Centro Administrativo Unibanco (CAU). Os protestos são uma advertência dos trabalhadores aos banqueiros, que até agora não mostraram seriedade nas negociações da campanha nacional deste ano.
“Além das questões gerais da campanha, que interessam a todos os bancários, escolhemos estes lugares pelos graves problemas de excesso de jornada e assédio moral”, explica o funcionário do Unibanco e diretor do Sindicato Carlos Damarindo, o Carlão. “A situação está feia aqui, tem muitas pessoas afetadas psicologicamente com a jornada estendida e a pressão desumana. Alguns chegam a ser forçados a realizar até 50 atendimentos por hora”, diz.
Segundo Carlão, alguns gestores estão tentando forçar os bancários a entrar no prédio, mas a adesão ao movimento está sendo muito positiva. “O pessoal está de parabéns, de braços cruzados aqui fora, entendendo o nosso recado, conversando, lendo a Folha Bancária. A paciência do bancário do Unibanco está no limite, e atitudes como o desconto dos programas próprios na PLR só têm tornado a situação ainda mais tensa”, disse.
A situação no CAU é semelhante. O Sindicato está na porta da concentração desde as primeiras horas da manhã e a resposta dos cerca de 1.500 bancários que permanecem do lado de fora está sendo muito positiva, segundo o diretor do Sindicato e funcionário do banco Daniel Reis. “Só temos a destacar a postura dos bancários, que mostraram compreender que os banqueiros estão nos deixando sem saída com a atitude que assumem na mesa de negociação”, disse. As atividades terminaram por volta das 10h, nas duas concentrações.
Banco do Brasil
O Sindicato também esteve presente na manhã desta sexta no complexo São João do BB, distribuindo a Folha Bancária e debatendo com os funcionários do prédio os principais pontos da campanha nacional e o andamento das negociações.
Fonte: Danilo Pretti Di Giorgi – Seeb São Paulo