As cidades de Cuiabá e Várzea Grande pararam terça 30 durante o protesto promovido pelo Sindicato dos Bancários e dos Trabalhadores do Ramo Financeiro no Estado de Mato Grosso (Seeb/MT). Na mobilização foram fechadas 68 agências bancárias, mais Pbas, somando 118 pontos de atendimento que representa cerca de 90% das agências nos municípios. Todas as agências aderirem à greve menos a do Bradesco que foi impedida por uma ordem judicial. A greve de advertência foi deflagrada, após assembléia geral onde reuniu pelo menos 400 pessoas, para que os bancários reinvidicassem melhores condições de trabalho como o aumento real de 13,28% de reajuste no salário, a estabilidade na pré-aposentadoria, vale-transporte e auxílio-creche.
Na manhã da última terça, por volta das 9h30, quando os bancários estavam reunidos em frente à agência central do Bradesco, localizada na Rua Barão de Melgaço, foram impedidos de continuar a greve em razão de uma inspeção judicial feita pelo juiz do Trabalho Renato Moraes Anderson que entendeu que a manifestação estaria restringindo o acesso dos clientes do Bradesco na agência. O juiz expediu uma ordem judicial, autorizando um interdito proibitório, ou seja, que a agência fosse liberada para os clientes usufruírem, impedindo que fosse concluída a mobilização.
De acordo com o presidente da Seeb/MT, Arilson Silva, agência central do Bradesco aderiu à greve até as 9h30 da manhã de ontem quando o juiz foi até o banco acompanhado com policiais fortemente armados e ordenou que os funcionários dos Bradesco voltassem a trabalhar. Os bancários que estivavam no local quando se sentiram intimidados e constrangidos pela forma truculenta que o juiz e os policiais trataram os servidores.
Para tentar mobilizar a população e o poder publico, o Seeb/MT fez um ato de luto em protesto ao livre direito de greve, onde estendeu uma lona de pelo menos 10 metros em frente ao Bradesco.
Segundo Arilson Silva, essa ação que o Bradesco fez fere o livre direito dos funcionários a fazer greve.”Nós não estamos impedindo ninguém de entrar no banco só estamos reivindicando nossos direitos”.