Cerca de 56 mil bancários parados no 9º dia de greve em São Paulo

São Paulo – É greve! E mais forte a cada dia. A insatisfação é geral. E é assim que a categoria completou nove dias de paralisação nacional diante da proposta rebaixada dos bancos de reajuste de 5,5%,que não cobre nem a inflação, e abono de R$ 2,5 mil. Na quarta 14, 56 mil trabalhadores de 698 agências e 24 centros administrativos de diversas regiões de São Paulo e Osasco cruzaram os braços para quebrar o silêncio dos banqueiros e arrancar uma data de negociação.

“Bancos não fazem nova proposta há 19 dias. Após um mês de negociação, apresentaram reajuste para a categoria com perda real de 4% no dia 25 de setembro. Os bancos, mais uma vez, mostram que não têm responsabilidade social porque aumentam suas tarifas e juros, reduzem créditos, demitem os trabalhadores, aumentam seus lucros e são intransigentes com o reajuste dos funcionários”, disse Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato.

E essa má vontade não aparece para os executivos. Segundo levantamento foi feito pelo portal iG, os bancos preveem aumentar a remuneração fixa de seus diretores executivos, em 2015, muito acima da inflação. Há casos em que o reajuste chega a 81%.

 Reajuste de até 81% para executivos

Contra essa lógica, pararam os centros administrativos Vila, Casa 1 e 3 do Santander; Cesec, Complexo Verbo Divino e Complexo São João do Banco do Brasil; Alphaville, Prime Paulista, Telebanco e Nova Central do Bradesco.

Do Itaú, aderiram Orbital, CA Raposo, GPSA, CAT, CTO, CA Brigadeiro, prédios nas ruas Jundiaí e Fábia; Gifug (Gestão do Fundo de Garantia) da Caixa, além de centenas de agências no centro, Paulista e Faria Lima.

Trabalhadores nas ruas – Um grande ato conjunto será realizado na sexta 16, na Avenida Paulista. A concentração será a partir das 15h, no vão livre do Masp. Bancários e petroleiros estão em campanha e a luta é, além de aumento real para salários, por manutenção dos empregos, contra a sobrecarga de trabalho que adoece, a terceirização fraudulenta.
Também participarão trabalhadores do setor de alimentação, o Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) e dos Sem Terra (MST), cobrando respeito aos seus direitos.

 

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