Protestos tomaram as ruas no início da manhã no entorno da Rodoviária
Começou pouco depois das 8h desta terça-feira (22) a marcha da CUT-RS, centrais e movimentos sociais na Avenida Mauá em direção à Assembleia Legislativa do RS, depois de uma paralisação desde as 6h30 no entorno da Estação Rodoviária de Porto Alegre, que provocou enorme congestionamento no trânsito da cidade. A partir das 11h30, será feita uma grande concentração na Praça da Matriz.
A manifestação dos trabalhadores marca o dia estadual de greves, paralisações, atos e protestos contra o tarifaço e as políticas neoliberais do governo Sartori (PMDB) e em solidariedade às justas lutas dos servidores públicos.
A mobilização ocorre no dia em que o governo pretende aprovar na Assembleia Legislativa o projeto de aumento linear do ICMS e outras medidas prejudiciais ao povo gaúcho, como a extinção de fundações, a lei de “responsabilidade fiscal” estadual, a redução de serviços públicos, como saúde, educação e segurança, e implantar mecanismos de gestão privada para cortar investimentos em políticas públicas, como na agricultura familiar, e precarizar o atendimento da população.
“Estamos mostrando toda a indignação dos trabalhadores do campo e da cidade e da sociedade gaúcha contra as políticas do Sartori e protestando contra o absurdo tarifaço que, se for aprovado pelos deputados, não resolverá a crise financeira do Estado, mas irá agravar o desemprego, a inflação e a economia do Rio Grande, prejudicando a produção e o consumo e penalizando a classe trabalhadora e a população”, aponta o presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo.
“Queremos alertar os deputados e as deputadas de que não podem neste momento virar as costas para quem os elegeu e votar a favor do tarifaço e de projetos do governo que são lesivos aos trabalhadores, aos servidores, aos serviços públicos e ao povo gaúcho”, enfatiza.
Para Claudir, “Sartori deveria largar o pé do servidor, parar de estimular o caos para privatizar e, passados quase nove meses no Palácio Piratini, começar a governar o Estado tomando medidas concretas para cobrar os sonegadores, revisar as isenções e renúncias fiscais e renegociar a dívida com a União”.
O aumento linear de impostos é profundamente injusto, pois onera mais os pobres e os trabalhadores, os que mais pagam tributos no Estado e no País. “O Rio Grande e o Brasil precisam fazer uma reforma tributária pra valer. Quem ganha mais deve pagar mais”, propõe o presidente da CUT-RS para quem “os trabalhadores não podem pagar a conta da crise”.