A Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa), que assessora a Contraf-CUT, reforçou nesta segunda-feira (18) a exigência de que o banco cumpra dois compromissos assumidos: dar ampla divulgação aos trabalhadores das medidas apresentadas como forma de utilização do superávit do Saúde Caixa e apresentar proposta para a retomada do Adiantamento Assistencial Odontológico.
A questão do superávit do plano de saúde já se arrasta há anos. De acordo com a cláusula 42 do ACT 2014/2015, 15 de dezembro de 2014 era a data-limite para se apresentar uma solução. O debate, porém, se estendeu durante todo o ano passado, e na campanha salarial a Caixa se recusou a colocar os itens aprovados no ACT 2015/2016. São eles: redução da coparticipação de 20% para 15%, inclusão de remoção por ambulância como novo procedimento e extensão de programas de qualidade de vida aos dependentes e titulares aposentados e pensionistas.
“Na campanha salarial, a Caixa limitou-se a renovar a cláusula que prevê o GT sobre o Saúde Caixa, sem fazer qualquer referência aos avanços obtidos durante o ano de 2015. Por isso, por exemplo, ficou mantido o percentual de coparticipação em 20%. É urgente a formulação de um aditivo ao ACT 2015/2016. Já em relação aos outros dois itens, temos que retomar os encontros do Grupo de Trabalho, visando viabilizar o detalhamento das alterações e sua implantação imediata”, explica Plínio Pavão, membro do GT Saúde Caixa.
Já em relação ao Adiantamento Assistencial Odontológico, foi acertado no fechamento da campanha salarial de 2015 que seria apresentada até 31 de dezembro uma proposta para a retomada, o que ainda não ocorreu. O benefício, suspenso de maneira unilateral no final de abril, garante que, em casos de procedimentos não cobertos pelo plano, o trabalhador da Caixa receba um adiantamento para pagá-lo. A quitação, sem juros, é feita em 10 parcelas.
“A Caixa acabou de completar 155 anos. Temos reforçado a necessidade de que a direção seja mais transparente e aberta ao diálogo. E também que respeite os resultados das negociações com as entidades representativas dos empregados. Acordo coletivo é para ser cumprido. Essa é a principal forma de valorizar a categoria e, assim, fortalecer a instituição”, afirma Fabiana Matheus, coordenadora da CEE/Caixa.